quarta-feira, 30 de março de 2011

Caos na Saúde Pública

Por: Eliseu
Pelo visto, nossos governantes estão pouco se importando com a saúde pública. Não passa um dia sem que os noticiários não estejam recheados de casos escabrosos por esse País afora. No Espírito Santo a situação não é diferente, senão mais caótica.
Em Vitória, o Hospital São Lucas que está funcionando precáriamente em um anexo do HPM, pacientes graves estão amontoados pelos corredores, chegando ao ponto de os médicos se recusarem a  atender novos pacientes por absoluta falta de condições. A mesma situação encontrada no Hospital São Lucas pode ser observada em outros hospitais públicos do Estado. O Hospital Dório Silva, em Laranjeiras, na Serra também está com pacientes nos corredores. Sem ter local apropriado, toalhas e pertences pessoais dos pacientes ficam espalhados. O ambulatório da emergência também não comporta a demanda. Ele foi construído para sete atendimentos simultâneos e na tarde desta segunda-feira foi usado para 22. O presidente do Conselho Gestor do hospital afirma que o número de médicos também é insuficiente. "Há 15 anos nós não temos concursos públicos. Temos muitos voluntários e DTs que dão plantão no hospital. Efetivos são poucos", comentou Amarildo Peçanha.
No PA de Vitória o sistema de classificação de risco implantado nas unidades de saúde tem gerado polêmicas e desconforto. No último domingo, um paciente de 82 anos depois de passar por exames, foi enquadrado na cor verde - de pouca urgência. De acordo com o acompanhante, autor da denúncia, o pai apresentava falta de ar, dormência nas pernas, nos braços e nos lábios, dor no peito e fadiga - sintomas iniciais de um possível infarto. Os dois ficaram horas sentados em um local apertado, quente e com muitas pessoas doentes ao redor. Tudo isso sem a garantia de que receberiam atendimento.
Na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Carapina, na Serra, que recebeu investimentos na ordem de 8 milhões, apenas três dias após sua inauguração já estava com o atendimento comprometido. Superlotação, funcionários e médicos que não sabiam usar as novas tecnologias implantadas. A prefeitura gastou fábulas com publicidade, mas não treinou funcionários. Nesta madrugada duas médicas foram roubadas dentro da unidade apesar de haver segurança 24 hs.
Na Pró-Matre em Vitória, casos de mães que perdem seus bebês por falta ou demora no atendimento se repetem com assustadora frequência.
Isso para citar apenas alguns casos na Grande Vitória, excluindo Vila Velha e Cariacica, que não há o que comentar, pois o que existe por lá não pode ser considerado atendimento.
Até quando elegeremos políticos que só pensam em embolsar a maior quantidade possível de dinheiro advindos de propinas de obras públicas sem se interessar pela vida? Um dos raríssimos casos de honestidade e caráter na política infelizmente se foi ontem, o já saudoso José Alencar.

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