Por: Eliseu
Pelo visto, nossos governantes estão pouco se importando com a saúde pública. Não passa um dia sem que os noticiários não estejam recheados de casos escabrosos por esse País afora. No Espírito Santo a situação não é diferente, senão mais caótica.
Pelo visto, nossos governantes estão pouco se importando com a saúde pública. Não passa um dia sem que os noticiários não estejam recheados de casos escabrosos por esse País afora. No Espírito Santo a situação não é diferente, senão mais caótica.
Em Vitória, o Hospital São Lucas que está funcionando precáriamente em um anexo do HPM, pacientes graves estão amontoados pelos corredores, chegando ao ponto de os médicos se recusarem a atender novos pacientes por absoluta falta de condições. A mesma situação encontrada no Hospital São Lucas pode ser observada em outros hospitais públicos do Estado. O Hospital Dório Silva, em Laranjeiras, na Serra também está com pacientes nos corredores. Sem ter local apropriado, toalhas e pertences pessoais dos pacientes ficam espalhados. O ambulatório da emergência também não comporta a demanda. Ele foi construído para sete atendimentos simultâneos e na tarde desta segunda-feira foi usado para 22. O presidente do Conselho Gestor do hospital afirma que o número de médicos também é insuficiente. "Há 15 anos nós não temos concursos públicos. Temos muitos voluntários e DTs que dão plantão no hospital. Efetivos são poucos", comentou Amarildo Peçanha.
No PA de Vitória o sistema de classificação de risco implantado nas unidades de saúde tem gerado polêmicas e desconforto. No último domingo, um paciente de 82 anos depois de passar por exames, foi enquadrado na cor verde - de pouca urgência. De acordo com o acompanhante, autor da denúncia, o pai apresentava falta de ar, dormência nas pernas, nos braços e nos lábios, dor no peito e fadiga - sintomas iniciais de um possível infarto. Os dois ficaram horas sentados em um local apertado, quente e com muitas pessoas doentes ao redor. Tudo isso sem a garantia de que receberiam atendimento.
Na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Carapina, na Serra, que recebeu investimentos na ordem de 8 milhões, apenas três dias após sua inauguração já estava com o atendimento comprometido. Superlotação, funcionários e médicos que não sabiam usar as novas tecnologias implantadas. A prefeitura gastou fábulas com publicidade, mas não treinou funcionários. Nesta madrugada duas médicas foram roubadas dentro da unidade apesar de haver segurança 24 hs.
Na Pró-Matre em Vitória, casos de mães que perdem seus bebês por falta ou demora no atendimento se repetem com assustadora frequência.
Até quando elegeremos políticos que só pensam em embolsar a maior quantidade possível de dinheiro advindos de propinas de obras públicas sem se interessar pela vida? Um dos raríssimos casos de honestidade e caráter na política infelizmente se foi ontem, o já saudoso José Alencar.
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