Com uma faca na mão, o vendedor apareceu na janela do apartamento onde mora |
A confusão no prédio Monte Aghá, na Rua José Celso Cláudio, começou por volta das 18h40. Joaquim ameaçou a mãe de morte com uma faca, por um motivo que, até o momento, não foi revelado. Por várias vezes, ele apareceu na janela do apartamento, que fica no quinto andar, mostrando a faca e dizendo estar possuído por um espírito, mesma explicação dada ao ser detido na quarta-feira, urinando na Avenida Vitória, na Capital.
A refém - que tem entre 50 e 60 anos - não era vista pela janela, mas havia informações de que ela e o filho estariam na suíte. Dois atiradores de elite do Batalhão de Missões Especiais (BME) da PM chegaram a ficar posicionados em locais estratégicos. Cerca de duas horas após o início do sequestro, PMs entraram no apartamento, e agentes especializados em negociação tentavam, na sacada da varanda, falar com o acusado. Mas, às 23h30, o vendedor fechou a janela do cômodo onde se trancou.
Invasão
Cerca de 15 minutos depois, militares usaram uma bomba para invadir o quarto, e o vendedor foi imobilizado com taser - arma não letal de choque. Ao mesmo tempo, um policial desceu do alto do prédio até a janela do apartamento, utilizando cordas.
Assim que Joaquim chegou ao pátio, já detido, moradores gritaram e aplaudiram para comemorar a prisão. Assim como o filho, a mãe foi conduzida ao DPJ de Vila Velha e, embora nervosa, não tinha marcas aparentes de agressão. Ela não falou com a imprensa.
Até a libertação da refém, o clima no local era de perplexidade. Uma festa de aniversário que acontecia no salão de festas chegou a ser cancelada. A polícia também pediu que moradores não saíssem dos apartamentos. Vizinhos e funcionários do condomínio afirmaram que, no apartamento, só moravam Joaquim e a mãe. Um condômino comentou que o vendedor morava em São Paulo e chegou ao Estado há pouco tempo.
Até a prisão de Joaquim, foi montado um cordão de isolamento na rua. Seis viaturas da PM e duas ambulâncias ficaram à disposição, e 35 policiais e socorristas trabalharam na ação.
Vendedor vai responder por desacato
Na manhã da última quarta-feira, Joaquim foi flagrado dirigindo na contramão na Avenida Vitória, na Capital. Ele alegou para a polícia ter se confundido com a sinalização. Além disso, quando interceptado pela PM, ainda urinou na presença dos militares, que assistiram impassíveis, além de ter feito um gesto obsceno em plena via pública.
Bafômetro
Joaquim foi multado e submetido ao teste do bafômetro, que deu negativo, e liberado. O motorista foi levado para o DPJ de Vitória, de onde foi encaminhado para o DML para fazer exame toxicológico. Segundo o delegado Fabiano Contarato, titular da Delegacia de Delitos de Trânsito, e responsável pelo indiciamento, o exame que detecta a presença de substâncias entorpecentes no organismo deu negativo.
Contarato destacou também que vai pedir ao Detran a cassação, ou a suspensão, da carteira de habilitação do vendedor. E se o pedido for negado, a solicitação vai ser feita à Justiça.
"Esse motorista tem carteira da categoria D, que representa a permissão para dirigir veículos pesados. As imagens feitas na quarta-feira deixam claro que esse rapaz não tem a menor condição de conduzir um veículo, e que ele cometeu diversos crimes naquela manhã", ressaltou.
Fonte: Gazeta Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este espaço é livre. Os comentários são de total responsabilidade dos seus remetentes, não representando necessariamente a minha opinião.
Todos os comentários serão publicados após moderados, mas os comentários anônimos nem sempre serão respondidos.
Porém, não serão tolerados spams, insultos, difamação ou ataques pessoais a quem quer que seja.
Textos ofensivos ou que contenham agressão, discriminação, palavras ou expressões grosseiras e sem estarem inseridas no contexto, ou que de alguma forma incitem a violência ou transgridam leis e normas vigentes no Brasil serão excluídos.