quinta-feira, 28 de julho de 2011

Promovida a Delegada afastada por abuso de autoridade

A promoção foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (27).
Na publicação, consta que a delegada foi promovida por merecimento.

Delegada de Polícia Civil Maria de Fátima Gomes A delegada Maria de Fátima Gomes, denunciada pelo Ministério Público do Espírito Santo por abuso de autoridade, foi promovida, nesta quarta-feira (27), à Delegada de Polícia de 2ª Categoria. De acordo com o Diário Oficial do estado, a delegada ganhou o cargo por merecimento. Em 2010, ela mandou prender quatro funcionárias de uma loja de departamento, que se negaram a trocar uma peça de roupa sem etiqueta.

A gerente comercial Kellen Roncetti, que ficou detida no presídio de Tucum, disse que “é um absurdo a delegada ser promovida enquanto existe um processo de indenização contra o estado em virtude do caso”. O G1 entrou em contato com a delegada Maria de Fátima Gomes, mas ela não quis comentar o assunto.

Em nota, o secretário de Segurança Pública Henrique Herkenhoff informou que a promoção da delegada foi publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial do Estado juntamente com a de outros delegados, mas se refere a direito adquirido desde 12 de dezembro de 2007, ou seja, antes do episódio da prisão.

Segundo o secretário, esse tipo de promoção tem critérios bastante objetivos e não permitem avaliações de caráter, inclusive, para evitar apadrinhamento ou perseguição. Os critérios exigidos para a promoção por merecimento são as comendas recebidas no período, a apresentação de títulos e a conclusão de cursos na Academia de Polícia. A promoção da delegada não poderia ser impedida por processos iniciados posteriormente ao seu direito adquirido.

Entenda o caso
Em fevereiro de 2010, a delegada mandou prender quatro funcionárias da loja de departamento, que se negaram a trocar uma peça de roupa sem etiqueta, comprada pela delegada três meses antes. As vendedoras passaram a noite no presídio.

A delegada recebeu uma punição administrativa, foi afastada do trabalho por abuso de autoridade e suspensa por 61 dias, sem receber salário. A delegada também responde a um processo na Justiça por abuso de autoridade.

Do: G1 ES

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