O Espírito Santo foi o único Estado brasileiro a registrar aumento no número de imigrantes entre os anos de 2004 e 2009. Os dados são da comparação entre a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) realizada nesses dois anos e divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A variação foi pequena, em números absolutos - foram só 289 pessoas a mais -, mas todas as outras unidades da federação apresentaram queda nesse índice.
O Espírito Santo também apresentou o maior Índice de Eficácia Migratória (IEM), que mede a capacidade de atração, evasão ou rotatividade de imigrantes. Com isso, em relação à classificação da potencialidade de absorção migratória, deixamos de ocupar a classe de área de rotatividade migratória - em que os fluxos de saída e entrada são semelhantes - e passamos a ser um local de média absorção migratória.
Potencial
O potencial econômico e as belezas físicas do Estado, além de atrair, também estão segurando os moradores que normalmente saíam do Espírito Santo em busca de novas oportunidades fora daqui. Em 2004, o número de emigrantes foi de 108.669; e em 2009, de 54.674.
O IBGE também apontou que o número de imigrantes que retornaram para o Espírito Santo entre esses dois anos cresceu de 10,52% da 13%.
Para o professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e especialista em Políticas Públicas Roberto Garcia Simões, esses dados refletem o grande potencial econômico alcançado pelo Espírito Santo no período, impulsionado pela força da produção de petróleo e gás e pelos novos empreendimento siderúrgicos.
Mas ele alerta que a concentração dessas pessoas no litoral e na Grande Vitória e o fato delas virem especialmente de regiões mais pobres de Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro podem prejudicar os índices de avanços sociais do Estado.
Por: A Gazeta
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