sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Chevron diz que culpa é da “Mãe Natureza”

mae_naturezaDemonstrando ter incorporado rapidamente a tremenda cara de pau de nossos políticos para justificar seus erros, o presidente da  Chevron para África e América Latina, Ali Moshiri, colocou a culpa pelo vazamento de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos na “Mãe Natureza”, e não na incompetência da empresa em não prever o acidente e corrigí-lo de maneira rápida e eficaz após o ocorrido. Disse ainda, de acordo com a Agência Brasil, que a mancha ainda existente corresponde a décima parte de um barril de petróleo (cerca de 16 litros). Boa piada! “Esperamos que ela desapareça e acreditamos que a operação foi bem-sucedida”, disse ele, após reunião com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

Segundo Moshiri, a prioridade da empresa agora é selar e abandonar o poço com segurança, o que deve ser feito até meados de dezembro. Ele também não quis fazer previsão de quando a empresa voltará a atuar na extração de petróleo no país. “Isso depende do governo, não seria justo se eu fizesse uma previsão”. O executivo destacou que a unidade brasileira tem um dos melhores índices de segurança entre todas as operações da companhia no mundo. Será?

Na avaliação do executivo, a complexidade geológica da região pode ter contribuído para o acidente. “Estamos lidando com a Mãe Natureza e ela é complicada. Cada parte do reservatório é diferente, mas temos pessoal altamente qualificado trabalhando nisso. Devemos fazer uma avaliação mais detalhada para ter certeza de que não acontecerá de novo”.

O ministro Lobão explicou que a empresa poderá continuar operando nos outros 11 poços que explora no Campo de Frade, mas está proibida de fazer novas perfurações, conforme determinação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O ministro espera que a ANP “seja firme, rigorosa, porém justa” na avaliação da responsabilidade da Chevron no acidente. “O Brasil respeita os contratos, mas exige respeito às suas regras internas. Se a agência [ANP] determinou a punição temporária é porque estava no convencimento de que algo precisava ser melhor apurado”, disse o ministro.

Quem viver verá!

Por: Eliseu

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