terça-feira, 30 de agosto de 2011

Jaqueline Roriz: Ladrão que julga ladrão...

Jaqueline Roriz chorou enquanto o plenário da Câmara decidia o futuro de seu mandato na Casa Nada surpreendente a absolvição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) por 265 votos a 166, na terça-feira (29) pelo Plenário da Câmara dos Deputados, se livrando do processo de cassação a que respondia na Casa. Por maioria, os deputados que agem da mesma forma que Jaqueline, ou seja, também são corruptos e ladrões do dinheiro público, pensam como ela, achando que roubar é normal, é certo. Em 5 de maio publiquei neste blog antecipando que já havia deputado contra a cassação de Roriz.

Desde o início das acusações, o principal argumento da defesa de Jaqueline era o de que as irregularidades denunciadas por Durval Barbosa ocorreram antes do mandato e que a Câmara dos Deputados não teria competência para analisar fatos anteriores ao início do exercício parlamentar. Como disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardos em suas críticas à Lula, quando disse menos interessa, a esta altura dos acontecimentos, saber se houve corrupção em outros governos.”. No caso de Roriz, como o roubo foi antes do mandato, não teria problema. Mas ela não negou o fato. Nem podia, uma vez que foi filmado.

Ela foi filmada recebendo dinheiro de Durval Barbosa, delator do mensalão do DEM do Distrito Federal.

Para que ela fosse cassada, era preciso que houvesse no mínimo 257 votos favoráveis entre os 513 deputados.

No Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, o relator do caso, Carlos Sampaio defendia que Jaqueline fosse cassada, mesmo que o vídeo em que recebe dinheiro de Barbosa tenha sido feito em 2006, antes, portanto, no início de seu mandato atual e época em que concorria a uma cadeira na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Sampaio argumentara que a suposta propina, que a deputada classificou como caixa dois de campanha, não era conhecida pelos eleitores quando ela foi alçada à condição de parlamentar, o que não daria a ela o argumento de ter sido "absolvida nas urnas".

Atribuindo as acusações ao jornalismo predatório, Jaqueline Roriz em seu pronunciamento na Câmara dos Deputados criticou o que classificou de "implacável condenação" por "juízos apressados". Ela citou a família, criticou o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que na sexta-feira apresentou ao ao Supremo Tribunal Federal denúncia criminal contra ela, e em nenhum momento se defendeu da suspeita de recebimento de propina. "Cada um de nós carrega sua história e eu carrego a minha. “Nesse doloroso processo, sofri constrangimentos perante meus pais, irmãs, filhos, amigos e eleitores. Sei que nesse Plenário tem muitos colegas que já passaram por isso e outros que podem passar. Nessa Casa não há espaço para condenações sumárias", disse a deputada, deixando claro seu desvio de caráter, e o que ela sabe de seus pares e que a população também está cansada de saber: que os políticos em geral, salvo raras exceções, são mesmo ladrões. E o pior, são eles mesmos que os julgam. Ladrões julgando ladrões.

Se a nobre deputada não tivesse roubado, não teria se “constrangido” com seus pais, irmãs, filhos, amigos e eleitores, como citou acima. Ou pelo menos poderia ter se defendido.

A população brasileira já está mais do que cansada de tanta roubalheira, tantos desmandos, que espero, não muito distante, há de se mobilizar para acabar de vez com essa insustentável situação.

Por: Eliseu

Revista Veja: Jornalismo ou espionagem?

Em seu blogue, o ex-ministro publicou o boletim de ocorrência da tentativa de invasão e defendeu seu direito, como líder partidário, de conversar com outras figuras da política (Foto: Wilson Dias. Arquivo Agência Brasil) A tentativa de invasão do quarto de hotel do ex-ministro José Dirceu por um repórter da revista Veja virou motivo de piada na internet. O tópico #VejaInvaders ocupou neste sábado a lista de assuntos mais comentados na rede social Twitter.

No geral, os comentários oscilaram entre o cômico e o crítico. “Antigamente jornalistas usavam papel e caneta; depois, celular e Ipad; agora usam chave-mestra e pé de cabra”, registrou o usuário Maurício Caleiro. “@veja, por favor, invada o quarto do meu professor de processo civil,quero saber o que ira cair na prova!!!”, ironizou Thiago Dias Bitelli. “Seu repórter, vou viajar. Se o sr. vier aqui enxague umas cuecas que vou deixar no tanque. Ah, tem frango na geladeira”, acrescentou Gerson Carneiro, outro usuário.

De acordo com carta publicada no blog do ex-ministro, e que até o momento não foi desmentida pela publicação, o repórter Gustavo Nogueira Ribeiro empreendeu ao menos duas tentativas frustradas de invadir o quarto no hotel Naoum, em Brasília, onde está hospedado. “O @gnribeiro passou recibo quando fugiu do hotel sem pagar a conta. Repórter-invasor-caloteiro”, registrou Stanley Burburinho, influente perfil do microblog, para quem Veja queria implantar escutas no dormitório.

Ilustração: Espionagem da Veja Na primeira tentativa, Ribeiro alegou a uma camareira que estava hospedado no mesmo quarto do ex-ministro. A funcionária não apenas lhe negou a chave como o denunciou à equipe de segurança do hotel. O repórter teria passado então a uma segunda investida, na qual afirmou ser um empresário do interior paulista que queria deixar documentos dentro do quarto de Dirceu. “Os procedimentos da Veja se assemelham a escândalo recentemente denunciado na Inglaterra”, ponderou o político, fazendo referência ao caso do tablóide News of the World, fechado depois que veio à tona que se valia de escutas telefônicas ilegais na apuração de reportagens.

“Se você assina Veja está apoiando atos terroristas, e o jornalismo de esgoto, cancele essa assinatura”, defendeu o bancário José Geraldo Filho em comentário no Twitter. Vários usuários se somaram aos pedidos para que seja investigada a revista e se abra uma discussão profunda sobre o papel da mídia no país. 

Denúncias

A edição desta semana da publicação da editora Abril dedica sua reportagem de capa à tentativa de mostrar que Dirceu segue atuante em Brasília. A publicação afirma ter obtido acesso a imagens do circuito interno de segurança do hotel que mostram encontros com o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e senadores do PT e do PDMB. Para Veja, o ex-ministro tenta “conspirar contra o governo Dilma” e “infiltrar aliados no governo federal”.

Por: Rede Brasil Atual

domingo, 28 de agosto de 2011

Maluf 80 anos, o mestre da corrupção

Ilustração - Maluf Malufar: surrupiar, adulterar. Com prisão decretada nos Estados Unidos e todos os bens bloqueados no Brasil e em seis países, o deputado Paulo Maluf (PP-SP) virou sinônimo de malfeitos no dicionário e chega aos 80 anos no próximo sábado deixando ao país um legado de impunidade. Responde a três ações penais e a um inquérito, que se arrasta há mais de cinco anos no Supremo Tribunal Federal (STF), por supostos crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de quadrilha e corrupção. Em São Paulo, é processado por improbidade, o que lhe rendeu 41 dias de prisão e o bloqueio dos bens. Nada mais. Enquanto promotores e procuradores aguardam, o deputado pode se beneficiar da idade, com a iminente prescrição dos crimes. Responde a dezenas de processos. O mais grave diz respeito ao sumiço de pelo menos US$ 344 milhões dos cofres paulistanos durante sua gestão como prefeito (1993-1996). Nada disso, no entanto, será citado na festa preparada por sua mulher, dona Sylvia, para celebrar seus 80 anos no Teatro São Paulo.

Em 1969 Maluf apresentou o polêmico projeto do Minhocão, que até hoje desagrada os paulistanos. Um dos escândalos mais antigos, a compra de Fuscas para a seleção da Copa de 70, ficou para a história. Maluf foi inocentado do crime de uso do dinheiro público e não devolveu um só centavo. Também tem se livrado de outra denúncia, o Frangogate, sobre a compra por parte da prefeitura de aves de uma empresa da família Maluf.

Ex-prefeito biônico no governo militar (1969), quando governador, em 1971, Maluf criou a Paulipetro, com US$ 500 milhões, e perfurou 69 poços na bacia do Rio Paraná em busca de petróleo. Nada encontrou. Foi processado e condenado, mas não houve reparação ao erário porque Maluf recorreu ao Superior Tribunal de Justiça e as decisões foram suspensas. A todas as condenações, o ex-prefeito tem interposto recursos atrás de recursos. Sua eleição para deputado colaborou com o atraso nos julgamentos. Com o foro privilegiado, os processos "subiram" para o STF.

Costumo considerar esse caso quase didático, porque apresenta um esquema de lavagem de dinheiro, diz o procurador Rodrigo de Grandis, do Ministério Público Federal.

A história de desmandos com o dinheiro público não barrou a candidatura de Maluf. Ano passado, o Tribunal Regional Eleitoral considerou-o ficha suja, mas a decisão foi revertida na instância superior. Contente, o deputado bradou que tinha "a ficha mais limpa do Brasil". Hoje é membro da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) ao lado do homem que o prendeu, o deputado e delegado federal Protógenes Queiroz.

Ps. do O Carcará: Será que a população de São Paulo, claro que existe exceções, a maior metrópole da América Latina não tem acesso à informação? Ou gostam mesmo de políticos corruptos e desonestos? Após todos os desmandos, Maluf se elege com relativa facilidade, sem contar que os mais de 16 anos que o executivo paulista está nas mãos dos tucanos. É gostar de podridão!

Não se pode colocar todos “gatos no mesmo saco”, então antecipo minhas desculpas aos paulistanos bem informados e que não compactuam com a situação, mas infelizmente são minoria por enquanto.

Por: O Globo

sábado, 27 de agosto de 2011

FHC quer “aparecer” e critica Lula

Ilustração O ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, que entende bem é de um bom baseado e de chifres, pois tomou o “golpe da barriga” da amante e ainda contestou dois exames de DNA; `Deu imenso prejuízo ao Brasil com privatizações entregando quase de graça empresas como a Vale, agora se acha no direito de criticar os ex-presidente Lula, escrevendo artigo em seu blog “O país cansou da roubalheira” e que o Globo se apressou em publicar com destaque que “FHC diz em seu blog que Lula foi "permissivo" com a corrupção.” E ainda tem a cara de pau de dizer que “menos interessa, a esta altura dos acontecimentos, saber se houve corrupção em outros governos.” É evidente que interessa sim, FHC.

A íntegra do texto de FHC: Vira e mexe a questão da corrupção volta à baila. Agora mesmo não se fala de outra coisa. Desde o “mensalão”, com a permissividade do próprio Presidente da época, a onda de desmandos e as teias de cumplicidade se avolumaram. Menos interessa, a esta altura dos acontecimentos, saber se houve corrupção em outros governos. Malfeitorias sempre houve. A diferença é que, de uns anos para cá, ela mudou de patamar com o sinal de perdão diante de cada caso denunciado.

“Não é tão grave assim” ou então, “foi coisa de aloprados” ou ainda de que se trataria “apenas” de dinheiro para pagar contas de campanha eleitoral. Com esta leniência compreende-se que pessoas ou setores dos partidos que apóiam o governo se sintam mais à vontade para entoar o cântico do dá-cá-toma-lá. Agora, quando a Presidente reagiu a alguns desses desmandos (e, de novo, importa pouco insistir em que a reação veio tarde, pois antes tarde do que nunca) as pessoas sérias, inclusive no Parlamento, procuram dissociar-se das teias de corrupção. O país cansou da roubalheira.

É preciso buscar os meios para corrigir os desmandos. Não basta a Polícia Federal investigar, se disso não derivarem ações nos Tribunais. Onde estão os procuradores –tão ativos no passado – para levar adiante as denúncias? Por que temer a coleta de assinaturas para uma CPI? Claro, se esta CPI for para valer não deverá nascer arimbada (sic) de anti-governo, mas de pró-Brasil, mesmo porque com maioria avassaladora o governo pode controlar as CPIs, tornando-as carimbadoras de atestados de boa conduta dos acusados.

Mas não basta denunciar, demitir, prender. É preciso buscar convergências em favor da decência nas coisas públicas. Deve-se ir fechando os canais que facilitam a corrupção. Pode-se reduzir drasticamente, por exemplo, o número de pessoas nomeadas para o exercício de funções públicas sem pertencer ao quadro de funcionários da União, os famosos DAS. Por que não propor no Congresso algo nesta direção? Isso não acabaria com a corrupção, que pode ser feita por funcionários, empresários ou dirigentes desonestos. Mas, pelo menos, resguardaria os partidos e o Congresso do cheiro de podridão que a sociedade não agüenta mais e atribui só a eles e seus apadrinhados os malefícios do Executivo.” , escreveu FHC.

Nunca antes nesse Brasil tantos corruptos deram com os costados na cadeia como no governo Lula. Aliás, antes do Lula ninguém do “colarinho branco” foi preso. Será que não havia corrupção? Claro que havia, mas a Polícia Federal não podia investigar, uma vez que é subordinada ao Ministério da Justiça, que por sua vez é subordinado ao presidente da República. E claro, não era autorizada a fazer investigações.

Se o que houve com tantas privatizações de estatais lucrativas no governo de FHC não foram corrupção, a que seria então? O que aconteceu para vendê-las tão barato, quase a preço simbólico? A saúde pública que nunca prestou? A educação? Segurança Pública? No Governo FHC funcionaram direito? Não!

E volto a insistir que interessa sim saber das corrupções que houveram em governos anteriores, inclusive e principalmente o de FHC, e a devolução do valor roubado. O nosso dinheiro é que foi roubado, gerando assim estradas ruins, escolas de péssima qualidade, mortes nas portas de hospitais por falta de vagas e profissionais, passando por pedágios altíssimos no ninho tucano (São Paulo), etc.

Por: Eliseu

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Kadafi seria apaixonado por Condoleezza Rice

Condoleezza Rice, ex-secretária de Estado dos EUA -Foto CHIS O'MEARA/AFP Na tomada de posse do palácio presidencial de Kadafi, em Trípoli, os rebeldes líbios descobriram um álbum de fotografias inteiramente dedicado a Condoleezza Rice e que alguns média norte-americanos classificaram como uma "paixão adolescente".

Nesse álbum, Kadafi reuniu fotografias suas e de Condoleezza em eventos oficiais. "Creio que não preciso de ver as fotografias para definir o quão estrambótico e repulsivo é o comportamento de Kadafi", comentou a porta-voz do departamento de Estado do Governo norte-americano.

Em declarações à televisão al-Jazeera, em 2007, Kadafi já havia tornado pública a sua admiração pela então secretária de Estado dos Estados Unidos da América. "Admiro-a e estou muito orgulhoso da forma como ela, tranquilamente, dá ordens aos líderes árabes. Leezza, Leezza, Leezza... Gosto muito dela" - declarou. E sublinhou: "Admiro-a e estou muito orgulhoso dela, porque é uma mulher negra de origem africana".

Recorde-se que Condoleezza Rice fez uma visita oficial à Líbia em 2008, a primeira de um secretário de Estado em 55 anos. Quando dessa visita, Kadafi ofereceu a Rice presentes no valor de 212 mil dólares (cerca de 148 mil euros).

Mas, segundo o jornal "The Huffington Post", Kadafi não é a primeira paixão que Rice desperta entre o mundo da política internacional. Também antigos ministros dos governos italiano, canadense e britânico já nutriram uma admiração especial por Condoleezza Rice.

Por: Jornal de Notícias

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Médica que colocou seringas pode perder registro profissional

Ilustração É impressionante o cinismo de nossas autoridades, amparadas por leis tão cínicas e ultrapassadas quanto elas (as autoridades) que só beneficiam os bandidos, tratam o cidadão de bem desse país.

Os papeis se inverteram de tal forma que os cidadãos trabalhadores e honestos já quase estão ficando com vergonha de serem honrados. Ontem vimos nos noticiários o quebra-quebra promovido por um bando de bandidos mirins que por força de lei são denominados menores infratores. E tais “menores infratores”, se tiverem menos de doze anos (que era o caso de alguns) podem fazer o que quiserem que sequer podem ficar detidos. Mas um tiro disparado por eles faz a mesma destruição que um disparado por quem tem mais de 18 anos.

Quanto a médica ortopedista Miriam Tomkowski Walton de Sobradinho (DF), que trabalha no Hospital Regional do Paranoá, já desesperada por ter sido assaltada cinco vezes em um mês resolveu intimidar os ladrões colocando seringas supostamente contaminadas por HIV (que seria bem feito se espetasse os ladrões) no portão de sua residência está tendo sérios problemas. Ela negou a existência do vírus HIV e disse que a ameaça foi uma medida desesperada para conter os assaltos. Como se trata de vítima, as autoridades rapidamente inverteram os papéis e anunciaram que a médica (e não os ladrões) será investigada pela Polícia, pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal e pelo Conselho Regional de Medicina do DF (CRM-DF). Miriam pode perder o registro profissional.

E os bandidos que a atacaram, perdem o que? Nem a liberdade. Muito provavelmente neste horário estejam assaltando ou até mesmo matando algum indefeso trabalhador, amparados pela impunidade absoluta que reina nesse país para TODOS os naipes de bandidos. E infeliz de quem reagir. Ou toma tiro de vagabundo ou vai preso, como o caso do morador de Formosa que matou o ladrão.

Êta Brasil!!

Por: Eliseu

domingo, 21 de agosto de 2011

Rebeldes dizem já controlar Trípoli

Além de prisão de sucessor de líder, outros dois filhos estariam sob custódia da oposição; unidade que protege Kadafi se rende.

Saif al-Islam, filho de Muamar Kadafi - Foto: EFE Os rebeldes garantem que já controlam a quase totalidade de Trípoli. E o que parece provar isso mesmo, são os festejos na Green Square (Praça Verde), no coração da capital e onde já se avistam as bandeiras da oposição.
O porta-voz dos rebeldes disse ainda que «o fim de Khadafi é agora uma certeza» e que este apenas tem de optar entre fugir, ser preso ou ser morto. No entanto, acredita que ele vai optar pela fuga.
O ataque final começou sábado e, em pouco mais de 24 horas, os rebeldes cercaram a capital da Líbia e entraram nas suas ruas. Distrito a distrito, quase sem resistência dos apoiantes de Khadafi, a cidade foi conquistada.
O representante do Conselho de Transição avançou em entrevista à Al Jazeera, que um dos filhos de Khadafi, Saif Al-Islam tinha sido capturado. E, de acordo com a Reuters, outro dos filhos de Khadafi, Mohammed Al-Khadafi entregou-se aos rebeldes.
Quanto ao líder líbio, ninguém sabe do seu paradeiro. Durante a madrugada, Khadafi fez vários apelos ao povo, através da televisão, para que salvassem Trípoli, mas o povo saiu para festejar e não lutar.
Khadafi ainda não se rendeu e o fim do regime ainda não é oficial, mas pelo desenrolar dos acontecimentos, o anúncio do fim pode acontecer nas próximas horas.
O secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, perante os desenvolvimentos deste domingo já veio apelar para que a transição de poder «seja pacífica e imediata». Garantindo que a Aliança Atlântica está disposta a «ajudar» o Conselho de Transição a atingir esse objetivo.

Fonte: TVI 24

Casamento entre homem e mulher aberto à “vida”, propõe o Papa

Ilustração O Papa Bento XVI propôs aos cerca de um milhão de jovens reunidos na esplanada dos Quatro Ventos, em Madri, um matrimônio entre "homem e mulher", aberto ao "dom divino da vida", durante uma oração em que conclamou os peregrinos a rezar para encontrar sua "vocação".

Ao cair da noite de sábado, durante a vigília de preces da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o Santo Padre viu-se obrigado a interromper sua pregação, devido a uma tempestade violenta, mas, segundo o serviço de imprensa do Vaticano, Bento XVI não pensou em nenhum momento renunciar às orações e abandonar a vigília.

"Bento XVI esteve decidido, e até extremamente decidido a permanecer no lugar, junto com os jovens. Não teve a menor dúvida. A tempestade pode ser vista como uma parábola da vida cristã, na qual, os momentos de dificuldade são superados com a tenacidade da fé", disse à AFP o porta-voz da Santa Sé, o padre Federico Lombardi.

"Nesta vigília de oração, convido-os a pedir a Deus que os ajude a descobrir sua vocação na sociedade e na Igreja", disse o Papa. "A muitos, o Senhor chama ao matrimônio, no qual um homem e uma mulher (...) se realizam numa vida profunda". "Reconhecer a beleza e bondade do casamento significa estar consciente de um âmbito de fidelidade e indissolubilidade, assim como de abertura ao dom divino da vida", propôs, junto com o sacerdócio ou a "vida consagrada".

Também falou aos jovens "sobre o valor universal de Cristo", num momento em que "a cultura relativista dominante renuncia e despreza a busca da verdade": "Não tenham medo do mundo, nem do futuro, nem da própria fraqueza". "Permitam-me, também, recorda que seguir Jesus na fé é caminhar com Ele na comunhão da Igreja", destacou o Papa na homilia.

"Não se pode seguir Jesus de forma solitária. Quem cede à tentação de ir 'por sua própria conta' ou de viver a fé segundo a mentalidade individualista, que predomina na sociedade, corre o risco de nunca encontrar Jesus Cristo, ou de acabar seguindo uma imagem falsa d'Ele", disse.

O Sumo Pontífice pediu aos jovens que se insiram e trabalhem em suas comunidades: "é fundamental reconhecer a importância de sua integração às paróquias, comunidades e movimentos", disse, animando-os a ir a missa, a confessar com frequência e a rezar.

Um cristão deve sentir "o impulso que leva a dar testemunho de fé nos mais diversos ambientes, inclusive onde haja rejeição ou indiferença", disse aos peregrinos da JMJ, pedindo que não se deixem "seduzir por falsas promessas de um estilo de vida sem Deus".

Por: Terra

Vendedoras Natura ficam sem direitos e com riscos financeiros

Pesquisa da Unicamp investiga a precariedade das relações de trabalho entre quase 1 milhão de "consultoras" e a maior empresa brasileira de cosméticos

Fábrica da Natura, em São Paulo: faturamento e lucros baseado em relações sem vínculo empregatício (Foto: Natura/Divulgação)Elas fazem o sucesso comercial da maior empresa brasileira de cosméticos, mas não têm qualquer vínculo empregatício ou direito trabalhista e ainda assumem diversos riscos financeiros. Estas são as principais constatações da pesquisa "Make up do trabalho: uma empresa e um milhão de revendedoras de cosméticos", para o doutoramento da socióloga Ludmila Costhek Abílio pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Segundo o estudo, a empresa é um exemplo da exploração do trabalho e das injustiças que deixaram de ser discutidas diante da ameaça do desemprego. Ao mesmo tempo em que transmite a imagem de companhia moderna e comprometida com a preservação ambiental, explora o trabalho informal de aproximadamente 1 milhão de revendedoras, contingente equivalente à população de Campinas (SP), que se expõe a riscos inclusive financeiros numa atividade que raramente é reconhecida pela sociedade como um trabalho.

Procurada desde segunda-feira (15), a Natura não apresentou posição oficial sobre o tema, nem esclareceu a forma como as revendedoras são tratadas. Na página da empresa na internet, são apresentados 10 motivos para ser uma "consultora", incluindo "alta lucratividade", a flexibilidade de horário e compromissos socioambientais da companhia.

A pesquisa da Unicamp aborda aspectos relacionados à informalização e precarização do trabalho dentro de um segmento denominado Sistema de Vendas Diretas. A Natura foi escolhida por se se tratar de uma empresa brasileira multinacional líder de mercado e de reconhecido sucesso comercial. A marca está presente em sete países da América Latina e também na França. 

Ilustração A relação entre as chamadas consultoras e a empresa constitui um fenômeno social importante. Afinal são pessoas cujo trabalho, mesmo informal, contribui para o êxito da marca e a realização da distribuição dos produtos, inclusive internacionalmente.

Conforme a pesquisa, a relação entre a Natura e as consultoras é ambígua porque elas são tratadas igualmente como revendedoras e consumidoras. Muitas começam a vender os produtos para poder consumi-los. Ou seja, parte do que seria seu lucro é revertido em itens para uso próprio. Mas, para a empresa, o primordial é a relação de venda com as consultoras.

O que acontece entre elas e seus clientes não afeta de fato a acumulação da empresa, que determina uma pontuação mínima para os pedidos (cujo valor médio equivale a aproximadamente R$ 250), e formaliza a relação com as consultoras via boleto bancário. Novos pedidos só podem ser feitos quando a consultora tiver quitado as faturas anteriores. Para tornar-se uma "representante" da marca, a interessada precisa fazer um cadastro, ser maior de 18 anos e comprovar que não tem impedimentos financeiros em sistema de proteção ao crédito ligados ao seu CPF. Cumpridas as exigências, a candidata está liberada para comprar os produtos da empresa com 30% de desconto, o equivalente à comissão pelas vendas.
Como nem sempre essa revendedora consegue atingir a cota mínima para fechar o pedido, a alternativa quase sempre é vender os produtos que adquiriu para uso próprio para outras pessoas. O passo seguinte é aproveitar as promoções do tipo "compre um perfume e ganhe outro". Quando se dá conta, ela começa a fazer um estoque em casa, até para ter itens de pronta entrega e não perder vendas. O aspecto é interessante, segundo a pesquisa, porque configura transferência de risco da empresa para a trabalhadora.

As vendas da empresa para a rede de consultoras é muito segura. Caso descumpram o compromisso assumido, podem ser protestadas. O índice de inadimplência é próximo a 1%, mas as revendedoras, ainda segundo o estudo, e elas não têm a mesma garantia em relação a sua clientela – estão sujeitas a calotes.

A pesquisadora entrevistou faxineiras, professoras, donas de casa, mulheres de altos executivos e até uma delegada da Polícia Federal (que vende os cosméticos no prédio da própria corporação), ao longo do expediente. Algumas disseram vender muito e alcançar bons ganhos, o que é minoria. Em 2009, a empresa divulgou que, para 22% das mulheres consultoras, esta é sua ocupação principal.

A pesquisa constatou ainda que, apesar de dedicar muito do seu tempo à venda dos cosméticos e de enfrentar uma série de dificuldades, essas mulheres dificilmente são vistas como trabalhadoras. A atividade é considerada algo lúdico, quase um lazer, ou no máximo, um bico. Mas a pesquisadora diz que que claramente essas mulheres são trabalhadoras. Tanto que a atividade assume um papel central no sucesso empresarial da Natura.

Por: Rede Brasil Atual

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Cães podem detectar câncer de pulmão

Ilustração Os melhores amigos do homem estão sempre a nos surpreender. Além do tradicional carinho que tem por seus donos, eles atuam auxiliando policiais ao farejar drogas, correr e pegar batedores de carteira e outros meliantes, na segurança de grandes eventos, auxiliam os bombeiros em tragédias, localizando vítimas presas em destroços, e várias façanhas que sempre temos notícias.

Agora foi descoberto por cientistas novas capacidades de nossos amigos: identificar precocemente graves doenças.

Em fevereiro foi noticiado aqui que cachorro pode farejar câncer de intestino, e hoje o Paraíba.com traz a matéria abaixo dizendo que cães farejadores podem detectar câncer de pulmão. Sempre lembrando que não precisa ser médico para saber que o câncer de pulmão está fortemente relacionado ao tabagismo.

Cães farejadores são treinados para detectar o câncer de pulmão em humanos, quando os tumores estão em estágio inicial, mostra uma nova pesquisa.

IlustraçãoOs cachorros testados – e que passaram pelo treinamento - foram capazes de identificar os compostos orgânicos voláteis que estão presentes no hálito das pessoas com este tipo de doença, de acordo com um estudo alemão.

Como as pessoas com câncer de pulmão não costumam apresentar sintomas precoces e também pelo fato dos métodos de diagnóstico atuais não serem tão seguros, os autores da pesquisa afirmam que os resultados são significativos.

Para a realização da pesquisa, os cientistas recrutaram pessoas com câncer de pulmão, portadores de DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) e voluntários saudáveis. Os cães especialmente treinados identificaram 71 das 100 amostras de saliva de pessoas com câncer de pulmão. Os animais também acertaram que 372 de outras 400 amostras não apresentavam câncer.

Os cães também foram capazes de distinguir os casos de câncer de pulmão, DPOC e amostras de fumantes. Os autores concluíram que deve existir um marcador diferente para a neoplasia maligna pulmonar que é diferente da doença obstrutiva crônica e do tabagismo, presentes no cigarro, na fumaça do tabaco e dos medicamentos.

“Na respiração dos pacientes com câncer de pulmão, são expelidas substâncias químicas diferentes da respiração de pessoas não doentes. Os cães são sensíveis a estes odores e conseguem detectar a presença da doença em um estágio precoce”, afirmou o autor do estudo, Thorsten Walles, do Hospital Schillerhoehe, da Alemanha.

“Nossos resultados confirmam a presença de um marcador para o câncer de pulmão”, acrescenta Walles. “É um passo importante em direção ao diagnóstico da doença, mas ainda é preciso identificar com mais precisão os compostos orgânicos exalados na respiração dos pacientes. Infelizmente, os cães não conseguem comunicar qual é a bioquímica do cheiro do câncer.”

O estudo foi publicado no European Respiratory Journal, edição que veicula informações médicas sobre doenças respiratórias no mundo todo.

Por: Eliseu

Após assassinato de juíza, AMB defende mudanças na lei

Infelizmente foi necessário a violência atingir várias vezes o cerne do poder para que alguma autoridade desse país resolvesse se mexer e pelo menos dizer que é preciso mudar a lei penal.

Um assunto que vem sendo debatido à exaustão, com os políticos fazendo leis sempre na contramão, “passando a mão na cabeça” de bandidos ditos “comuns”, passando pelos “filhinhos de papai” que enchem a cara de bebidas e todas drogas que acham pela frente, saem dirigindo seus carrões e matando em absurdos acidentes de trânsito, e principalmente aos políticos corruptos, e endurecendo apenas com o cidadão de bem, como foi exemplificado aqui na postagem "Dono da casa faz armadilha, e ladrão leva a pior!", em que a vítima matou o ladrão e teve que pagar fiança para não ficar preso e ainda está respondendo a processo que pode lhe render bons anos de cadeia.

Passando para os crimes envolvendo altas autoridades, temos alguns exemplos como "Escolta de Sérgio Cabral sofre tentava de assalto", "O crime sem limites", o impensável absurdo de uma tentativa de assalto ao vice-presidente do país: "SP: Vice-presidente sofre tentativa de assalto", são apenas algumas postagens recentes de crimes contra autoridades do Brasil publicadas nesse espaço.

Agora com o assassinato da juíza Patrícia Acioli, que como não podia deixar de ser, repercutiu no mundo todo, o presidente da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), Nelson Calandra, defendeu mudanças na lei penal do país para torna-la mais rigorosa.

“Precisamos mudar a legislação penal brasileira, porque ela não prestigia a sociedade”, disse Calandra. “Alguém que comete um crime de morte leva 11 anos para começar a cumprir a pena, em nome do princípio da presunção de inocência.”

Foto: Severino Silva / Agência O Dia E isso quando cumpre pena, o que é raro. A juíza foi executada com 21 tiros na última quinta-feira (11), quando chegava em casa, em Niterói.

Quem sabe com mais esse crime outras vozes se juntem a do presidente da AMB e nossos legisladores cheguem a conclusão de que é preciso dar um basta nessa situação. Afinal já estão com as “burras” cheias às custas do sofrido contribuinte e deveriam dedicar algum tempo aos problemas brasileiros em vez de se ocuparem de forma integral pensando e executando o próximo assalto aos cofres públicos.

Mesmo porque os criminosos “comuns” podem chegar a eles.

Por: Eliseu

Hospital das Clínicas em Vitória é denunciado pelo CRM

Documento foi enviado ao governo federal, pedindo liberação de recursos.
Pacientes são atendidos no chão e paredes têm marcas de infiltrações.

Pessoas são atendidas em macas, no chão do Hospital das Clínicas, em Vitória. (Foto: Divulgação/ CRM) O Conselho Regional de Medicina no Espírito Santo denuncia: o Hospital das Clínicas, em Vitória, está funcionando em condições precárias. O atendimento aos pacientes não é adequado. Um documento foi enviado ao governo federal, mostrando as condições de funcionamento do hospital e pedindo liberação de recursos para implementação de projetos.

O CRM não pediu a intervenção do hospital, levando em consideração que é um dos principais do estado e o prejuízo para a saúde pública seria ainda maior. A direção do hospital se reuniu com a do CRM e apresentou os trabalhos que estão sendo realizados para superar as dificuldades.

 

Os documentos enviados ao governo federal mostram a situação precária de estrutura Marcas de infiltrações e rachaduras no teto comprometem a estrutura física do Hospital das Clínicas. (Foto: Divulgação/ CRM)do hospital. Reboco da parede soltando, paciente internado em local inadequado, salas interditadas, marcas de infiltrações no teto e desorganização com os prontuários dos pacientes são alguns dos problemas apontados pelo CRM.

Segundo a assessoria de comunicação do Hospital das Clínicas, uma reunião com as diretorias do CRM e do hospital foi realizada nesta quarta-feira (17), onde foi exposto o trabalho que está sendo realizado pelo hospital, no sentido de superar as dificuldades.  O CRM recebeu o plano de trabalho, desenvolvido pela direção do hospital, e se comprometeu a encaminhar uma solicitação à presidência da República para que as ações sejam realizadas o mais rápido possível.

Reboco da parede soltando e marcas de infiltração foram registradas pelo CRM no Hospital das Clínicas. (Foto: Divulgação/ CRM)O hospital tem um projeto de intervenção predial e uma empresa será contratada para trabalhar 24 horas dentro do local, realizando os reparos necessários. De acordo com o Hospital das Clínicas, uma licitação será aberta para a contratação da empresa. A previsão é de que o edital seja aprovado até o final deste mês. Mas não há previsão de quando, de fato, os trabalhos devem começar.

Por: G1 ES

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Pesando 317 kg, americana quer chegar aos 700 kg

Todo mês, em uma scooter motorizada, ela passa mais de oito horas no estabelecimento enchendo carrinhos de comida

Mulher com 317 kg quer chegar aos 700 kg Contrariando a corrente, uma norte-americana que pesa 317 kg está fazendo uma dieta de engorda para se tornar a mulher mais gorda do planeta e chegar aos 700 kg. Para atingir ao objetivo, ela ingere cerca de 20 mil calorias por dia.

A informação foi publicada nesta quarta-feira no site do jornal britânico "Daily Mail". A meta de Susanne Eman, do Arizona, para o fim deste ano é atingir 360 kg.

Mãe de dois filhos, ela conta com a ajuda deles (Gabriel, 16, e Brendin 12), para fazer compras no supermercado. Todo mês, em uma scooter motorizada, ela passa mais de oito horas no estabelecimento enchendo carrinhos de comida.

Eman diz se sentir mais mais sexy e confiante e afirmou ao "Daily Mail" que começou a atrair mais homens desde que ganhou mais peso.

Apesar das críticas dos médicos, ela acredita que é possível ganhar centenas de quilos e, ainda assim, manter-se saudável.

Disse que que faz exercícios simples, alongamento e exames regulares de saúde, como medir a pressão e o nível de açúcar e oxigênio no sangue.

Quando esse já não tão novo blogueiro pensa já ter visto de tudo nesse mundo e que nada mais o surpreenderá, aparece uma dessas. Aff!

Por: Correio do Brasil

Estudo abre caminho para tratamentos que evitem o alastramento do câncer

Ao se espalhar pelo corpo, a doença se torna mais agressiva e difícil de tratar Cientistas britânicos dizem ter descoberto de que forma células cancerosas conseguem sair de tumores e se espalhar pelo corpo, um avanço que abre caminho para o desenvolvimento de drogas que impeçam o alastramento da doença.

Os pesquisadores, do Institute of Cancer Research, em Londres, Inglaterra, dizem ter identificado uma proteína conhecida como JAK que ajuda as células cancerosas a gerar força necessária para o alastramento.

Em artigo publicado na revista Cancer Cell, a equipe diz que as células se contraem como músculos para gerar a energia que permitirá que se movam, forçando seu caminho pelo organismo.

Quando um câncer se espalha - um processo conhecido como metástase - ele se torna mais difícil de tratar, já que tumores secundários tendem a ser mais agressivos.

Estima-se que 90% das mortes provocadas pelo câncer ocorram após a metástase - o que torna imperativo que o processo de alastramento da doença seja controlado.

A proteína JAK

Após estudar substâncias químicas envolvidas no processo de alastramento das células em melanomas - câncer de pele -, a equipe concluiu que as células cancerosas se alastram de duas formas.

Elas podem forçar sua passagem para fora de um tumor ou o próprio tumor forma corredores por meio dos quais as células podem escapar.

O líder do estudo, Chris Marshall, disse que ambos os processos são controlados pela mesma substância.

"Existe um padrão comum de uso da força gerada pelo mesmo mecanismo, uma mesma molécula, chamada JAK", ele disse.

A proteína JAK já é conhecida por especialistas que estudam o câncer. Ela já foi, por exemplo, associada à leucemia. Por conta disso, já há drogas sendo desenvolvidas para atuar sobre ela.

"Nosso novo estudo sugere que essas drogas possam, talvez, interromper também o alastramento do câncer", disse Marshall.

"O teste vai ser quando começarmos a ver se qualquer desses agentes vai impedir o alastramento. Estamos pensando em realizar testes clínicos nos próximos anos", acrescentou.

Desafio

Uma representante da entidade de fomento a pesquisas sobre o câncer Cancer Research UK disse que o grande desafio no tratamento da doença é impedir o alastramento pelo corpo e manter o câncer que já se alastrou sob controle.

A representante, Lesley Walker, disse: "Descobrir como as células cancerosas podem abrir passagem pelos tecidos, saindo dos tumores primários e se espalhando por outras áreas, dá aos cientistas uma melhor compreensão a respeito de formas de parar o alastramento".

Por: BBC Brasil

Aposentados dizem que Dilma é traidora

Ilustração A Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap) reagiu nesta à decisão da presidenta Dilma Rousseff de vetar um dispositivo contido na a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2012 que assegurava recursos necessários para dar ganhos acima da inflação para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O  veto atinge dez milhões de brasileiros que recebem mais de um salário mínimo.

Pela decisão, os reajustes de aposentadorias acima da inflação passarão a ser negociados diretamente com as centrais sindicais e entidades que representam aposentados em 2012. Assim como a Cobap, as centrais não concordam com as propostas de substituição do fator e nem com o veto.

“Mais uma vez a presidente da República Dilma Rousseff provou que não tem interesse em resolver ou ao menos amenizar a questão do reajuste dos benefícios previdenciários”, escreveu, em nota, o presidente da Cobap, Warley Martins.

Ele lembrou que, há poucos dias, o governo anunciou reajuste de 50% para pequenas empresas e microempresários, além da desoneração da folha de pagamento dos setores vestuário e acessórios, calçados e couros e móveis e tecnologia da informação.

Em outra nota, Martins criticou a elaboração de propostas que, na avaliação dele, prejudicariam as pessoas que planejam se aposentar pelo INSS – com o aumento de sete anos do tempo de contribuição para compensar eventualmente o fim do Fator Previdenciário.

“Assim como o Fator Previdenciário, as novas propostas do governo prejudicam os trabalhadores que vão se aposentar. Se aceitarmos que o governo aumente cada vez mais o tempo de contribuição, logo o brasileiro não terá mais direito de se aposentar”, ressaltou.

“Dilma é traidora dos aposentados. Em todas as oportunidades de melhoria para nosso segmento, ela nos prejudica”, finalizou Warley Martins.

De acordo com o divulgado no Diário Oficial da União nesta segunda-feira 15, “não há como dimensionar previamente o montante de recursos a serem incluídos no PLOA-2012 (lei orçamentária), conforme determina o caput do artigo 48, uma vez que, até o seu envio, a política em questão poderá ainda não ter sido definida”.

A decisão deu manga para a oposição insistir na criação de uma CPI para investigar supostas irregularidades nos ministérios do governo Dilma. A justificativa, de acordo com o presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN), é que a falta de  recursos aos aposentados só acontece em razão de “desvios”.

Opiniões divididas no Senado

Na base aliada do governo no Senado, o veto divide opiniões. O petista Paulo Paim (RS) considera a medida politicamente equivocada “uma matéria em negociação e que não fixa percentuais, é um equívoco político e, no meu entendimento, desnecessário”. Já o líder do governo na Casa, senador Romero Jucá (PMDB-RR), defendeu o veto como uma das formas de enfrentar os reflexos da crise econômica mundial. E que o momento exige responsabilidade no gasto público. “Os cortes no Orçamento foram feitos exatamente porque é preciso, neste momento de crise internacional, ter responsabilidade fiscal. O governo não vai poder gastar mais do que vai arrecadar e é preciso ter muita responsabilidade neste momento. Portanto, o governo agiu corretamente ao fazer os cortes na LDO”, disse em entrevista à Agência Brasil.

Para tentar garantir o pagamento dos ganhos reais aos aposentados, Paim pretende apresentar uma emenda ao Orçamento Geral da União, em tramitação no Congresso. “Vamos apresentar uma emenda ao Orçamento e essas mobilizações que estão sendo marcadas vão culminar em uma grande pressão sobre o Congresso.”

Apesar de elogiar os vetos na LDO para conter os gastos públicos, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) acha que será difícil explicá-los à opinião pública. “Os cortes realmente são necessários neste momento. Mas reconheço que vai ser difícil para o governo separar uma coisa da outra na cabeça do cidadão.”

Aprovada em julho pelo Congresso Nacional, a Lei de Diretrizes Orçamentárias estipula os parâmetros que guiarão a elaboração do Orçamento Geral da União do ano seguinte. Até 31 de agosto, o Executivo tem de enviar ao Congresso o Projeto de Lei do Orçamento de 2012.

Por: Carta Capital

Cães imitam donos

A convivência com o dono faz cachorros e aves terem comportamento humano

Se o dono é gordinho, eles acabam ficando fofinhos também. Aprendem a comer nos mesmos horários e são capazes de adquirir traços da personalidade de seus melhores amigos, como ser agitado ou calmo. Quando cães e aves chegam aos lares bem pequenos, as chances de copiarem os donos se torna ainda maior.
A estudante Emanuela da Silva Rufino, 25 anos, e a Malhada estão juntas desde um mês de nascimento da cachorrinha, que aprendeu a ser atrapalhada como a dona. "Eu caí da escada, ela caiu também. À noite, eu ronco e durmo com a boca aberta ela faz igual, deitada no travesseiro, assim como eu (risos)", diz.
Para a veterinária Mônica de Alvarenga, os animais copiam algumas atitudes das pessoas. "Imprintar é a palavra. Quando eles são retirados cedo do convívio familiar, vão se adaptar àquela pessoa que passa a ser a líder e a protetora dele".
Doença se repete
Segundo a veterinária, repetir as atitudes dos donos acontece com várias espécies, principalmente de mamíferos. Ela explica que um cachorro novinho vai fazer tudo que ele observar o dono fazer. Ele adquire atitudes humanizadas e pode até perder os instintos naturais.
Mônica diz ainda que o cachorro realmente parece que adquire a mesma maneira de ver a vida dos donos e até repetem as doenças. "Tenho quase 20 anos de clínica e canso de ver cachorros com o mesmo problema de saúde do proprietário. Não conheço explicação científica para isso, mas percebo sempre".
Já com gatos a situação é diferente. Eles copiam muito menos. Apesar de serem seres sociais e também procurarem se posicionar no grupo, o gato tem um comportamento mais individual, ele não imita o dono.
No caso das aves que são tratadas para voltar à natureza, a veterinária conta que é necessário ter muito cuidado para que elas não adquiram as atitudes dos tratadores. "Só de olhar alguém comer, ela imita o comportamento. Por conta disso, alguns tratadores usam fantoches para alimentá-las".
No filme "Como Cães e Gatos", os animais agem como se fossem humanos, no entanto, a veterinária afirma que os bichos podem copiar, mas as motivações e emoções são diferentes das dos homens. Nos animais são estímulos. O dono leva o seu animal a ter atitudes e também adquire os hábitos dos animais.
"Um cachorro novinho vai fazer tudo que ele observar o dono fazer. Ele realmente adquire atitudes humanizadas e pode perder instintos naturais. Alguns animais de canil não conseguem acasalar sozinhos e precisam da ajuda de tratadores"

Por: Gazeta Online

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Detentas se ferem em rebelião no ES

39 detentas ficaram feridas na Rebelião em Tucum - Foto: Reprodução TV Gazeta A rebelião no Presídio Feminino de Tucum, em Cariacica, na Grande Vitória, que começou às 16h30 desta segunda-feira (15), foi controlada totalmente às 21h com a transferência de todas as presas para outro presídio. Segundo a Secretaria de Justiça do Espírito Santo (Sejus), 39 presas ficaram feridas e foram encaminhadas para cinco hospitais da Grande Vitória.

O motivo do motim é que as detentas não queriam ser transferidas para o Centro de Detenção Feminino de Xuri, em Vila Velha. Na manhã desta terça-feira (16), a Secretaria de Justiça informou que as 14 presas encaminhadas para o Hospital São Lucas em Vitória já tiveram alta. As outras continuam internadas, e duas delas estão em estado grave.

De acordo com o Subsecretário de Estado para Assuntos do Sistema Penal, Oberacy Emmerich, a nova unidade será mais rígida. "Na nova penitenciária, o Estado vai fornecer tudo, desde alimentação a uniforme completo e colchões. E, por esta razão, a presa não vai precisar receber mais nada da família. Então a disciplina aumenta", explicou Emmerich.

Durante a rebelião, familiares das detentas estiveram do lado de fora do presídio sem saber informações das internas. "A minha mãe está lá dentro. Eles deveriam anotar no papel e passar para gente quem se feriu ou quem já foi transferida. Deveriam ter um controle, mesmo com toda essa bagunça lá dentro. Queremos notícias", reclamou Juliana Bazoni, filha de uma das presas.

O voluntário de uma igreja, Fábio Pereira, estava dentro do Presídio Feminino de Tucum quando a rebelião começou. "Eu estava ministrando a palavra de Deus quando começou um tumulto e muita fumaça. Depois vi a correria", contou o voluntário.

Para controlar a revolta das presas, foi necessária a ajuda de 40 policiais do Batalhão de Missões Especiais (BME) da Polícia Militar, 70 agentes penitenciários,  4 equipes do Corpo de Bombeiros e 7 ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu192).

Oberacy Emmerich disse que as detentas se feriram com algo provocado por elas mesmas. "Elas sofreram asfixia, colocaram fogo em colchões, impediram a entrada das agentes. A situação foi grave porque as detentas inalaram uma grande quantidade de fumaça. Elas se feriram em função da gravidade do incêndio que elas mesmas provocaram", enfatizou o subsecretário.

A Penitenciária abrigava no momento do motim 346 detentas, mas com capacidade para 180. De acordo com a Secretaria Estadual de Justiça, do total, 39 foram encaminhadas para hospitais da Grande Vitória; 12, que estavam no berçário, foram levadas para a Penitenciária Feminina de Cariacica, localizada em Bubu. As 295 restantes foram transferidas provisoriamente, na noite desta segunda-feira (15), para a Penitenciária Semiaberta de Vila Velha, também em Xuri.  Segundo a secretaria, ainda esta semana as detentas começam a ser transferidas para no novo Centro de Detenção Provisória (CDP) Feminino.

As transferências foram encerradas por volta das 21h20 e com isso a Penitenciária Estadual Feminina, em Tucum, teve sua desativação antecipada.

Centro de Detenção Provisória (CDP)
Com a desativação da Penitenciária Estadual Feminina, em Tucum, todas as detentas do Espírito Santo passam a ocupar unidades prisionais inauguradas a partir de 2008. Desde então, foram inauguradas seis unidades prisionais com 1.544 vagas destinadas somente ao acolhimento de mulheres.

Com estas construções, o Governo substituiu a única penitenciária que recebia mulheres e absorveu o crescimento da população carcerária feminina, que saltou de pouco mais de 300 mulheres em 2004, para as atuais 1.244. O novo CDP Feminina de Vila Velha tem 528 vagas e conta com celas para até quatro internas, escola, área de saúde, salas para oficinas de trabalho, pátio para visita familiar, além de alojamento com área de recreação destinado a grávidas e mulheres com bebês.

Por: G1 ES

domingo, 14 de agosto de 2011

Ladrão rico é bandido?

Nesse Brasil de todos os santos e todos deuses, terras verdejantes que tem palmeiras e que canta o sabiá, tem também políticos corruptos e legislação com dois pesos e duas medidas. E o calor dos trópicos deixa os miolos dos simples mortais revirados.

É de arrepiar os cabelos as críticas e a reação de desaprovação ao vazamento das fotos de seis dos presos da Operação Voucher, da Polícia Federal. O ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, enviou ofício ao Supremo Tribunal Federal pedindo ao Conselho Nacional de Justiça providências sobre o vazamento. Até a presidenta Dilma Rousseff entrou no assunto e considerou "inaceitável" a divulgação das fotos. Para Cardozo, o vazamento das imagens é "uma violação do princípio da dignidade do preso". O Governo promete “punir os culpados”. Quais culpados? os que publicaram as fotos ou os bandidos? A Polícia Federal os prendeu porque a justiça determinou. E se determinou, foi porque havia fortes indícios. Porque tamanha reação com a divulgação de fotos desses supostos bandidos? Foto: A Gazeta de Macapá

Jornal A Gazeta de Macapá divulga fotos de suspeitos presos na Operação Voucher

Se a foto de um bandido “comum” é exposta em jornais, revistas, tv’s, e todas mídias existentes, porque a de bandidos ricos não podem ser? Nunca tive notícia que alguma autoridade ficasse indignada. Poderiam usar a indignação para fazer leis que punissem exemplarmente TODOS os bandidos, independente de sua conta bancária ou classe social.

Há de salientar que todos os envolvidos, como de costume, já se encontram livres leves e soltos.

Por: Eliseu

sábado, 13 de agosto de 2011

O crime sem limites

Parentes e amigos acompanham o enterro da juíza Patrícia Acioli Uma situação previsível, que nossos nobres políticos insistem em não querer ver: a criminalidade aumenta a cada dia, e em vez de endurecer as penas, elas ficam mais brandas. E é desde ao “ladrãozinho” que rouba e não hesita em matar para conseguir uma pedra de crack, passando por assassinatos no campo, políticos e funcionários públicos corruptos que matam milhões de pessoas porque roubam as verbas que seriam destinadas a saúde, segurança pública, etc. chegando a juízes que resolvem ser atuantes no combate ao crime.

Uma infinidade de recursos que levam o processo a longos anos antes de uma decisão, que quando é contrária ao criminoso, nas maiorias das vezes só vem quando ele já está deu o “pinote” ou está morto, leva cada vez mais à impunidade e ao  aumento da criminalidade. E quem se rebela e resolve a combater é sumariamente eliminado, como tem acontecido no Norte do país com os ativistas e com juízes espalhados por esse Brasil afora. Também blogueiros que andam denunciando estão na lista. Alguns já foram mortos e outros estão ameaçados, claro, sem a imprensa marrom do PIG soltar uma nota sequer. 

No Espírito Santo, o juiz Alexandre Martins de Castro Filho foi assassinado em março de 2003 e até hoje todos os envolvidos não foram punidos.

Neste momento pelo menos 100 juízes tem a vida ameaçada, segundo dados atualizados na tarde desta sexta-feira (12/08) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Os dados foram informados pelos tribunais a pedido da Corregedoria Nacional de Justiça. No entanto, alguns tribunais ainda não encaminharam informações - o que sugere que este número é maior.

De acordo com as informações prestadas pelos tribunais, há 69 juízes ameaçados, 13 sujeitos a situações de risco e 42 juízes escoltados. Muitos magistrados se enquadram em duas situações ao mesmo tempo – ameaçados com escolta, ou em situação de risco com escolta, por exemplo.

O estado do Paraná é o que mais apresenta juízes ameaçados: são 30, conforme o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), seguido pelo Estado do Rio de Janeiro, que possui 13 juízes nessa situação.

Juíza executada não estava na lista

A juíza, Patrícia Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada na madrugada desta sexta-feira em Niterói (Reprodução/TV Globo) Depois de afirmar, indignada, que “a democracia foi atingida no que há de mais importante para a nação, o Poder Judiciário”, com o assassinato da juíza Patrícia Lourival Acioli, ocorrido na noite desta quinta-feira, em Niterói, a ministra Eliana Calmon, corregedora nacional da Justiça, informou que o nome da titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, não constava da relação enviada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro com os nomes de 13 magistrados fluminenses (sete desembargadores e seis juízes) que estavam sob ameaça do crime organizado, e trabalhavam protegidos por escoltas. No total, foram nomeados 87 magistrados, dos quais 30 do Paraná e 34 do Maranhão.

No dia 24 de junho, a Corregedoria Nacional — principal órgão de controle do Conselho Nacional de Justiça — oficiou a todos os tribunais do país, solicitando que informassem, em 15 dias, se “existem magistrados ameaçados pelo tribunal dirigido por Vossa Excelência, constando os nomes e lotações”.

Os tribunais estaduais de Minas Gerais e de São Paulo não responderam ao ofício, até hoje. Duas semanas antes, a corregedora pedira à Comissão de Eficiência Operacional e Gestão de Pessoas, do CNJ, que elaborasse estudo e planejamento sobre a segurança dos juízes, “frente à relevância do tema e a atual necessidade, tendo em vista o considerável número de casos de magistrados ameaçados que chegaram ao conhecimento da Corregedoria Nacional de Justiça”.

E enquanto isso em Brasília, nossos nobres deputados e senadores, que deveriam legislar em favor da população se preocupam em roubar o erário público, o que fazem com extrema maestria. 

E a população continua “dormindo em berço esplêndido”!

Por: Eliseu

Obra de condomínio é embargada por confusão entre prefeituras de Vitória e Serra

foto: Divulgação O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) embargou a construção do Condomínio Spazio Vintage, da construtora MRV Engenharia, localizado no limite entre os municípios de Vitória e Serra. A escritura do empreendimento, a Licença Prévia e a Licença de Instalação foram autorizadas pela prefeitura do município da Serra, mas a Justiça entendeu que a área pertence ao município de Vitória. A construtora foi notificada pela prefeitura da Capital e soma uma dívida de R$ 2 milhões. Cerca de 300 famílias realizaram a compra de apartamentos no Condomínio Spazio Vintage.

A construtora MRV conseguiu um Mandado de Segurança, na Vara dos Feitos da Fazenda Pública de Vitória, com o objetivo das obras não serem embargadas administrativamente pela prefeitura. Mas, por unanimidade, a Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça decidiu, no dia 14 de junho, a imediata paralisação da obra que vem sendo realizada pela construtora, até que seja verificada a possibilidade de sua regularização, segundo as normas urbanísticas do município de Vitória. O descumprimento da decisão gera multa no valor diário de R$ 5 mil.  

O município de Vitória justifica que notificou o município da Serra para que cancelasse a Licença de Instalação concedida, já que o Condomínio Spazio Vintage será construído às margens da rodovia Norte Sul, no bairro Jardim Camburi, e não no bairro de Fátima, na Serra. A decisão não foi atendida pelo município vizinho da Capital, nem a obra paralisada.

No processo consta que a situação é irregular e ilegal, gerando prejuízos irreparáveis para o aspecto urbanístico do Município de Vitória. Além de gerar enormes transtornos, como por exemplo, problemas de trânsito e de segurança para as 300 famílias do novo empreendimento, já que a Rua Arquiteto Décio Thevenard, único acesso de entrada dos futuros moradores, tem largura reduzida e sem saída. O município de Vitória acusa ainda a construtora de comercializar as unidades habitacionais usando o bairro Jardim Camburi, e não bairro de Fátima, por meio de propaganda publicitária. 

O secretário de Desenvolvimento da Cidade de Vitória, Kleber Frizzera, salientou que a empresa foi comunicada desde do início das obras para se regularizar e que ainda a construtora não suspendeu os trabalhos no local, mesmo estando embargada por determinação judicial. Ele espera que a Justiça possa valer. "Os proprietários não estão cumprindo com a determinação judicial, assumindo o risco de multa e até prisão. O município já fez toda as ações possíveis e agora aguarda a justiça", contou o secretário.

O diretor de Relações Institucionais da Construtora MRV, Sérgio Lavarini, explicou que, no ano de 2007, quando a empresa regularizou o terreno para a construção do empreendimento, ele estava registrado no cartório do município da Serra. Ele garante que nenhum documento foi registrado no cartório de Vitória. Inclusive, a prefeitura nem tem registro da área. Depois de três anos que a construtora estava "regularizada" no município de Serra, fiscais denunciaram as fiscalizações e apresentaram irregularidades na obra do condomínio.

"Nós compramos esse terreno. Passou o ano de 2007 inteiro, 2008 e, somente no segundo semestre de 2010, é que nós começamos a receber sinalizações que haveria irregularidades. Será que esse tempo todo ninguém viu isso? É uma situação muito ruim, porque temos 300 famílias que adquiriram o seu apartamento naquele empreendimento, acreditando na construtora. Nós confiamos na prefeitura da Serra, que nos deu o alvará para a construção do condomínio. Agora, nós e nossos clientes ficamos no meio de uma discussão entre as duas prefeituras, é uma situação complicada", explicou o diretor da empresa.

Segundo o diretor da construtora, não tem como ele regularizar o terreno em Vitória, porque toda documentação foi registrado no município da Serra e, ainda, aquela área não é reconhecida pelos cartórios da Capital. "As duas prefeituras deveriam chegar num bom senso e tomar uma medida de composição e solução. Não queremos burlar a lei de forma alguma. Nós somos a menor parte dessa situação por divisão de áreas".

Sérgio Lavarini defende que a empresa não foi oficializada da Decisão Judicial e que está amparado por uma Liminar que conseguiu na Fazenda Pública de Vitória. As obras estão funcionando normalmente. Ele salienta que a empresa não pretende descumprir a determinação da Justiça. Em relação as propagandas publicitárias que a construtora realizou durante as vendas do apartamento, Sérgio Lavarini informou que não trabalhava na MRV na época das vendas.  "Me parece que houve divulgação tanto no bairro Jardim Camburi como bairro de Fátima, mas nem tenho certeza". 

A secretária de Desenvolvimento da Cidade de Serra, Ana Márcia Herles, informou que o bairro de Fátima é uma briga antiga entre os municípios, mas quem administra ele é a cidade da Serra. Nunca o município de Vitória teria entrado em conflito em projetos de construção. Ela citou que o Shopping Mestre Álvaro está no limite entre os dois  municípios, e para evitar transtornos, entraram em um acordo."O município da Serra aprova todos os projetos de empreendimento que estão no Bairro de Fátima, de acordo com a nossa legislação. Aliás, outros empreendimentos foram aprovados naquela região", explicou a secretária.

Por: CBN Vitória

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Operários que construíram Congresso trabalhavam 540 horas num mês

Candangos ganhavam a partir de meio salário mínimo. Câmara levantou dados após encontrar recados de meio século escritos em laje

A descoberta de seis mensagens escritas a lápis por operários, há mais de 50 anos, revelou uma rotina exaustiva de trabalho e de baixa remuneração na construção do Congresso Nacional. Com base em recados com nomes e datas encontrados em um ex-canteiro de obras sob a cúpula da Câmara dos Deputados, a Casa fez um levantamento das folhas de pagamento de março e maio de 1959 – um ano antes da fundação da capital.

As listas de ponto, organizadas por uma empresa terceirizada da época, mostram que alguns operários trabalhavam até 540 horas por mês. Por dia, os trabalhadores somavam mais de 15 horas de serviço, se incluídas as horas extras. Há casos de operários que não tiraram um dia sequer de folga nos 31 dias em cada um dos dois meses pesquisados.

As folhas de pagamento apontam ainda que os salários variavam entre 3 mil e 6 mil cruzeiros – valor que correspondia ao salário mínimo da época. “Era pouco mas dava para viver bem, juntar um dinheirinho”, recorda Claudionor Pedro dos Santos, 72 anos, que era contratado para registrar o ponto dos funcionários.

Localizado pela Câmara, ele conta que chegou a Brasília com 18 anos, vindo de Maceió, em Alagoas. Ele diz que, entre 1957 e 1959, trabalhou 7.968 horas. “O pessoal não reclamava de nada. Havia muita solidariedade”, afirma Santos, que na época da construção de Brasília morou em um acampamento com a família. “A maioria nem com a família vinha”, diz.

A rotina do operário José Silva Guerra, um dos autores dos recados, foi 208 horas de trabalho em março, além de 98 horas extras. Na parede, ele escreveu: “Que os homens de amanhã que aqui vierem, tenham compaixão dos nossos filhos e que a lei se cumpra. Duraleques ce de Lequis. José Silva Guerra. 22/4/59”.

Brasília seria inaugurada quase um ano depois, no dia 21 de abril de 1960, após construção em tempo recorde, sob a tutela do então presidente Juscelino Kubitschek. A inscrição “Duraleques ce de Lequis”, deixada por Guerra, é uma corruptela da frase em latim “Dura Lex, Sed Lex, explica o diretor do departamento técnico da Câmara, Reinaldo Carvalho Brandão.

“Originalmente, ela quer dizer: ‘A lei é dura, mas é a lei’”, afirma Brandão. As mensagens foram descobertas, na terça-feira da semana passada, por dois funcionários da Câmara que procuravam a origem de um vazamento de água no Salão Verde. Os escritos refletem sentimentos de saudade da família e de esperança em relação ao futuro do país.

Pasta de dente

“Saudades palavra que nunca morre, quando morre, quando morre, fica arquivado no coração. Brasília 18-9-59”, anotou um operário, cuja assinatura é ilegível. “Brazilia de hoje. Brazil amanhã”, assinalou outro candango. Um terceiro recado, assinado por “Nelson”, de Goiânia, diz: “Amor palavra sublime que domina qualquer ser humano”.

Os textos foram escritos nas placas de concreto das vigas de sustentação da laje do Congresso. “Não é normal abrir um caixão perdido como esse”, ressalta Brandão. No “caixão perdido”, de aproximadamente 4 metros quadrados, foi encontrado também um tubo vazio de pasta de dente da marca “Gessy Cristal”, sabor “menta fresca” com flúor.

O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), afirmou que pedirá um estudo para analisar a possibilidade de transformar o ex-canteiro de obra em um ponto de visitação turística. “É um marco histórico importante”, exalta Maia.

Direto do Ceará

Tímidos, os dois funcionários da Câmara que encontraram os escritos passaram o dia ao lado do buraco. Getúlio Dias Ferreira, 55 anos, e Francisco Alves da Silva, 36 anos, seguraram as escadas para jornalistas, historiadores, engenheiros e técnicos que entraram e saíram do ex-canteiro de obras.

Mas, em meio a tantos especialistas, talvez tenham sido os únicos a captar mais intimamente o verdadeiro significado das mensagens deixadas pelos pioneiros de Brasília. “O que mais me tocou foi o sentimento de saudade”, diz Alves, que veio para Brasília à procura de trabalho, e deixou família no Ceará. Exatamente como os candangos, há meio século.

Por: Último Segundo

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Essa é a administração tucana: Em plena zona sul de São Paulo não tem internet e celular

Nilson e os filhos: computador encaixotado, esperando uma internet que não chega (Foto: Jailton Garcia/RBA) Nilson guarda o computador novo em folha há quatro meses dentro da caixa, do jeitinho que chegou da loja. Este encarregado de depósito de 43 anos não está com qualquer alteração psicológica. A máquina não veio com defeito, funciona perfeitamente. Falta-lhe apenas um detalhe: uma tal de internet.

O caso de Nilson da Costa Meireles seria relativamente comum em rincões do país – o que não quer dizer que seja normal. Mas é em São Paulo que fica a casa dele. Muitos moradores batem no peito por viverem na maior cidade da América Latina, capital dos bares, dos cinemas, da alta gastronomia, dos serviços 24 Horas. E Nilson se daria por satisfeito com algumas horas de serviço de internet para alimentar seu computador novo. “Tem essa febre de jovens irem para lan house. Aí comprei o computador para segurar os filhos em casa”, afirma, olhando para os meninos de 14 e de 15 anos. 

A história de Nilson não é isolada. Não é por falta de condições financeiras que guarda o computador na caixa, sem uso. Ele mora em Vargem Grande, um bairro da zona sul da capital paulista que tem duas opções quando se trata de internet: comprar a conexão extra-oficial de algum vizinho que tenha contratado um link ou optar pela boa, velha, lenta e irritante conexão discada. Esta, além dos empecilhos convencionais, ganha toques cruéis nesta comunidade, já que as linhas telefônicas caem com frequência e o restabelecimento nem sempre é rápido. “Cheguei a ficar 25 dias sem telefone em casa. A Eletropaulo fez a troca de postes. A Telefônica não reinstalou os cabos dela, falou que era obrigação da Eletropaulo”, conta Nilson.

Celular? Nem

Ilustração “Estes dias tocou um celular aqui na frente”, noticia, pimpão, um morador de Vargem Grande. Dizem que as grandes alegrias estão guardadas nas pequenas coisas. Conseguir usar um telefone móvel neste rincão paulistano é felicidade para um ano. O problema é que os outros 364 dias são de aborrecimento com um aparelho que não funciona. Celular, aqui, só serve como relógio.

A locomotiva do Brasil, responsável por 11,8% do Produto Interno Bruto nacional, aparentemente não se importa em deixar sem vagão alguns de seus passageiros. Vargem Grande fica no distrito de Parelheiros, que ostenta Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,747 em uma escala que vai de zero a um. É um dos mais baixos IDHs de São Paulo, bem longe de Moema (0,961), Pinheiros (0,960) e Perdizes (0,957). Enquanto moradores destes bairros têm à disposição uma internet de até 100 mega bits por segundo, no extremo sul da cidade é um feito atingir uma velocidade de 300 ou 400 kilobits por segundo, o que nem é considerado banda larga.

Aparentemente, os 42 quilômetros que separam a comunidade da Praça da Sé, marco-zero paulistano, são intransponíveis aos adormecidos interesses do setor privado. Os cabos do Speedy, da Telefônica, chegam até o centro de Parelheiros, a menos de cinco quilômetros, e até Colônia, bairro distante sete quilômetros. Ao longo dos anos, foram florescendo versões sobre o porquê do abandono e cresceu a expectativa da comunidade. “Na Telefônica, disseram que em 2014 vão disponibilizar (banda larga). Há quatro anos disseram que era em 2008”, lamenta Leonardo Silva Malaquias, dono de uma das lan house locais.

Há quem diga que obstáculos técnicos inviabilizam o fornecimento do serviço. Paranóias da cratera? O bairro nasceu, sem saber, no buraco criado há dezenas de milhões de anos pela queda de um meteoro, uma história contada na reportagem “A saga do povo da cratera”, na edição 53 da Revista do Brasil. Mas há telefone. Logo, há cabo. Então, deveria haver banda larga. Outros moradores acreditam em perseguição política da comunidade, muito combativa. Eles apresentaram abaixo-assinados e ligaram várias vezes à operadora, mas nunca receberam uma resposta oficial.

Por: Rede Brasil Atual

1 milhão em livros ficam encaixotados em Vila Velha

Livros encaixotados. O material custou R$ 1,1 milhão e, segundo os professores, não tem aplicação em sala de aula A Prefeitura de Vila Velha deixou encaixotados desde 2010 mais de 20 mil livros didáticos de Informática - coleção Microkids da editora Camargo, com sede no próprio município. O material custou R$ 1,1 milhão e, segundo os professores, não tem aplicação em sala de aula. Em algumas escolas, a coleção só começou a ser distribuída aos alunos há uma semana, após a nomeação da nova secretária do município, Wanessa Sechim, ocorrida no dia 6 de julho.
Além de secretária de Educação do município, Wanessa Sechim, foi diretora de Relações Institucionais da editora, conforme ela mesmo se apresentou numa página pessoal na internet (veja imagem abaixo). A assessora pedagógica da Secretaria de Educação, Tânia Maria Leone Marques, aparece como revisora do livro. Hoje, ela assessora o sub-secretário Emerson José Mayer.
Wanessa afirmou que prestou consultoria para a editora Camargo no período de três meses, de março até o dia 30 de junho deste ano. Já Tânia Leone disse que prestou serviço de revisão para editora até 2003 e não sabia que o nome dela ainda constava em edições posteriores do material. A edição dos livros comprados pela prefeitura é de 2007.

foto: Reprodução/Google

Vereador e secretário
A compra dos livros de informática  foi realizada pelo então secretário de Educação de Vila Velha, Heliosandro Mattos (PMN), que é vereador da cidade. Foi publicada no Diário Oficial do Estado no dia 25 de fevereiro de 2010, com referência ao contrato firmado em 2009. O Diário não especifica se houve licitação para a compra.
A Secretaria de Educação informou, em nota, que: "houve licitação por pregão eletrônico e nove empresas retiraram o edital demonstrando interesse na proposta. Porém, apenas a Editora Camargo compareceu na data e no horário do certame, cumprindo todos os requisitos exigidos pelo edital."
Professores
Uma carta  encaminhada à reportagem da Rádio CBN relata que a compra desse livro, à época, teria ocorrido contra a vontade do grupo de professores da formação continuada do município. Este grupo analisa o material didático do ensino municipal. Uma professora que fazia parte do grupo confirmou a informação. Ela destaca que os professores não foram consultados. Só souberam da compra depois dela ter sido realizada.

As explicações sobre a aquisição do material são contraditórias. De um lado, o então secretário Heliosandro Mattos afirma que a compra do livro no valor de R$ 1,195 milhão, conforme consta no Diário Oficial, atenderia todos os alunos da rede - aproximadamente 50 mil na época. Já a atual secretária diz que foram adquiridos 20.280 kits, cada um composto de um livro e um CD-ROM.
Heliosando diz ainda que a indicação do material partiu do prefeito Neucimar Fraga (PR), já que ele conhecia a metodologia da coleção através da secretária Wanessa Sechim, que ocupou o cargo de secretária de Educação de Nova Venécia, prefeitura que também adotou a coleção, segundo Heliossandro.
"Os livros seriam usados em 2010, entretanto, eu fui exonerado. A compra dos livros e a utilização desse material foi uma sugestão do prefeito Neucimar Fraga por ele ter uma boa informação sobre a coleção quando foi usada na gestão da atual secretária de Educação de Vila Velha na época em que ela ocupou o mesmo cargo em Nova Venécia. Ela é uma pessoa próxima a ele. A responsabilidade pela não aplicação desse material cabe aos gestores que me sucederam", explicou Heliosandro.
Faltam instrutores de informática
Wanessa Sechim afirma que não estava mais na Secretaria de Educação de Nova Venécia quando os livros foram comprados. A secretária explicou que a utilização dos livros da coleção Microkids faz parte de um projeto piloto que contemplará 25 das 91 escolas da rede de Vila Velha. Disse também que a implantação só não foi feita antes por problemas estruturais de algumas unidades e a falta de instrutores de informática.
"Tínhamos algumas dificuldades na estrutura da escola e na contratação de instrutores, mas já estamos acertando isso. Os kits foram distribuídos em 25 escolas da rede. Estamos com dificuldade de implantação em algumas escolas por causa da falta de instrutores de informática. Nosso processo seletivo para contratação desse profissional ainda não alcançou toda a demanda que precisamos", disse ela.

Levar para casa
Uma das escolas que já recebeu o livro, mas ainda não está o utilizando, é a Telmo Torres, localizada em Itapoã. Os alunos contaram que receberam o material na última segunda-feira (8) sob a orientação de levarem para casa e aguardarem a direção da unidade decidir o que será feito com eles.
"Eles entregaram e falaram que, por enquanto, nós não vamos usar, pois, eles estão resolvendo ainda o que fazer com os livros. Talvez seja porque a sala de informática tenha só 16 computadores e a turma tem mais de 30 alunos", contou um dos estudantes.
Em uma escola de Terra Vermelha, os livros ainda estavam nas caixas na última segunda-feira, segundo apurou nossa reportagem.
A secretária municipal afirma que os professores das unidades que vão trabalhar com o livro já foram capacitados. Fato não confirmado pelo Sindicato dos Professores de Vila Velha. A entidade informou que vários professores que receberam os livros alegaram não saber o que fazer com o material. Para a diretora do Sindiupes de Vila Velha, Fernanda Bermudes, não há como aplicar a metodologia desse livro no meio do ano letivo.
"Os professores reclamaram da quantidade de material e perguntaram do que tratava esses livros, de onde vieram e como seriam usados. Nós fomos em várias escolas e vimos um monte de caixas fechadas. Perguntávamos ao pedagogo, coordenador, diretor e ninguém sabia dizer porque aqueles livros estavam ali. Como o aluno vai utilizar um material entregue no mês de agosto sem nenhum professor estar preparado? O professor nem sabe desse livro", denuncia a diretora.
Apuração
Outro diretor do sindicato, Alexandre Carnielli, afirma que vai pedir novas informações à Secretaria de Educação sobre o contrato com a editora Camargo. A empresa tem sede no bairro Praia da Costa. Na ficha técnica do livro constam o nome de uma equipe de sete autores, cinco deles, com sobrenome Camargo.
O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Vila Velha, informou que tomou conhecimento da denúncia por meio da imprensa e vai abrir um procedimento investigatório para apurar os fatos. Da mesma forma, entende o MPES que, caso irregularidades se comprovem, serão tomadas todas as medidas legais cabíveis contra os que patrocinaram lesão aos cofres públicos.

Por: Gazeta Online

Onde estava você no golpe militar?

Os países costumam ter momentos fundamentais, em que se decidem os seus destinos. Nesses momentos cada pessoa, cada força política, cada meio de comunicação, todos, revelam suas posições profundas, os interesses que defendem, de que lado estão. O golpe militar de 1964 foi esse momento decisivo na história do Brasil, quando a democracia foi questionada e finalmente derrubada e destruída por uma ditadura militar.
Daí que faz todo sentido perguntar para cada um: Onde estava você no golpe militar?
Havia dois discursos, antagônicos. Um, o da defesa da democracia e extensão das suas conquistas, com a incorporação de setores cada vez mais amplos aos seus direitos fundamentais. A favor da extensão da democratização do Brasil – da sociedade e do seu Estado.
O outro, assumido por toda a mídia, junto com os partidos de oposição e o governo dos EUA, era de que os riscos à democracia que representaria o governo de Jango, justificariam um golpe militar preventivo. Argumento típico da guerra fria, que mobilizou forças contra a democracia, promovendo golpes militares em muitos países do continente. Foi exatamente o que aconteceu no Brasil.
“Nas palavras do presidente (sic) Castello Branco proferidas na solenidade de posse há uma nítida convocação para que a obra de reconstrução se faça com a colaboração indistinta de todas as classes, das produtoras e das trabalhadoras, das armadas e das civis, das eventualmente saudosistas do antigo regime e das que se regozijaram com a sua deposição.” O ditador é tratado, no título do editorial, como: “O Presidente de todos”, pelo jornal dos otavinhos. A manchete do dia do golpe – primeiro de abril – foi: “Ademar: 6 estados sublevam-se para derrubar Goulart. ”Nenhuma menção à palavra golpe, menos ainda a ditadura e à intervenção dos militares, aliados com o grande empresariado, com os partidos de oposição, com a hierarquia da Igreja Católica e com o governo dos EUA.
Nesse momento crucial da nossa história, que mudou a nossa história de forma tão radical na direção da ditadura contra a democracia, de um modelo econômico excludente contra a inclusão social, pela aliança subordinada com os EUA contra a soberania nacional – nesse momento, cada um mostrou sua cara, disse de que lado está. Do lado da democracia ou da ditadura, dos interesses nacionais ou do entreguismo, da inclusão social ou da exclusão social.
É fácil, depois que a resistência popular derrubou a ditadura, tergiversar com a palavra democracia, esconder o passado, tentar embaralhas as coisas, para buscar impedir que se recorde onde estava cada um no dia primeiro de abril. Mas tudo está consignado pela história. O editorial mencionado acima é apenas um dessa empresa e de todas as outras – à exceção da Última Hora, que por isso mesmo não sobreviveu -, de apoio e incentivo ao golpe e à instauração da ditadura militar. Que venham a publico desmentir ou se arrependerem, se consideram que cometeram o pior erro que se pode cometer, de atentado grave e reiterado á democracia.
Todos os que estivemos do lado de cá, de defesa da democracia, não temos nada a esconder, nos orgulhamos disso e seguimos coerentes com essa luta. Estávamos, no primeiro de abril, e seguimos estando, do lado da democracia, dos interesses populares e nacionais.

Por: Blog do Emir/Carta Maior

domingo, 7 de agosto de 2011

Rede Globo e seus “princípios editoriais”

Ilustração do que é a Globo As Organizações Globo lançaram ontem, 6/8/2011 mais um patético documento intitulado “Princípios Editoriais das Organizações Globo”, que para quem tem estômago forte e acredita em Papai Noel e lobo mau pode ser lido na íntegra em http://oglobo.globo.com/principios-editoriais/ onde deixa claro a apreensão com a blogosfera, quando diz: “Com a consolidação da Era Digital, em que o indivíduo isolado tem facilmente acesso a uma audiência potencialmente ampla para divulgar o que quer que seja”…

Isso quer dizer que antes da popularização da internet e consequentemente dos Blogs, a Rede Globo e os outros integrantes do PIG publicavam o que bem entendiam, e a população tinha que “engolir em seco”, uma vez que não podia rebater. Com isso acabava manipulando a opinião pública, criava currais eleitorais midiáticos e elegia quem bem entendia. E depois cobrava o favor, evidentemente.

Hoje a situação é diferente. Os “indivíduos”, alguns não jornalistas como afirma o documento podem contestar o que foi publicado, relembrar fatos como o debate para presidência de 89, em que intencionalmente a Rede Globo prejudicou o então candidato Lula, vindo este a perder a eleição para o nefasto Fernando Collor, que tanto não prestava sendo o único presidente a sofrer um Impeachment.

A cada dia fica mais difícil para a “grande mídia” fazer a população engolir as “verdade distorcidas” de suas publicações, exatamente porque os ”indivíduos” (leia-se integrantes da blogosfera), muitos deles integrantes da temida classe C, a “nova classe média” e  formadores de opinião estão atentos às notícias distorcidas, e as rebatem imediatamente.

Ilustração Para quem estava acostumado a manipular a opinião pública como bem entendesse, sem ser contestado, como antes do governo Lula em que apenas a alta burguesia podia se dar ao luxo de ter um computador, deve mesmo ser aterrorizante que vários “indivíduos” hoje possam contesta-la. Podemos, muitos de nós não sermos jornalistas (existem ótimos na blogosfera), como esse blogueiro, mas isso não impede que tenhamos opinião e a divulguemos não só para nossa família, mas para o condomínio, o bairro, a cidade e porque não, o mundo.

Ainda bem que temos um computador ligado à internet.

Por: Eliseu