segunda-feira, 23 de maio de 2011

Aberto processo eleitoral do Comitê do Rio Santa Maria do Doce

De: A Gazeta

Começam nesta segunda-feira (23) as inscrições para o processo eleitoral do Comitê da Bacia Hidrográfica (CBH) do Rio Santa Maria do Doce. Poderão se inscrever, representantes da sociedade civil organizada, do poder público, irrigantes, companhias de abastecimento e indústrias. A assembléia eleitoral acontece no dia 12 de julho.
Com o objetivo de divulgar o processo eleitoral, o Comitê vai promover um passeio ciclístico no dia 5 de junho, com inicio na nascente do Rio Santa Maria do Doce, localizada na Serra do Gelo, em Santa Teresa, até a sua foz no rio Doce, Colatina. Outras ações de divulgação também estão previstas como seminários, por exemplo.
O Comitê será composto por 12 membros titulares e 12 suplentes. As vagas serão distribuídas entre o Poder Executivo, a sociedade civil organizada e os usuários de água.
As inscrições vão até o dia 15 de junho e podem ser feitas nos municípios de Colatina, São Roque do Canaã e Santa Teresa, localizados na área de abrangência da bacia.
Para isso, será necessária a apresentação dos documentos descritos na deliberação do Processo Eleitoral, que se encontra disponível no site do Iema.

Sucesso da civilização inca se deve a dejetos de lhamas, diz estudo

Por: BBC Brasil

Machu Picchu, a famosa cidade inca nos Andes peruanos, celebrará em julho o centenário de sua “descoberta” pelo mundo exterior, em um evento imponente, mas há indicativos de que as origens do local tenham sido menos glamorosas.

Segundo pesquisa publicada no periódico Antiquity, especializado em arqueologia, a civilização inca pode ter crescido e evoluído graças aos dejetos das lhamas.

Foi a transição da caça e coleta à agricultura, 2,7 mil anos atrás, que permitiu aos incas se acomodar e prosperar na área de Cuzco onde fica Machu Picchu, diz o autor do estudo, Alex Chepstow-Lusty.

O pesquisador do Instituto Francês de Estudos dos Andes em Lima afirma que o desenvolvimento da agricultura e o plantio de milho é um fator crucial para o crescimento de civilizações. “Cereal faz as civilizações”, diz.

Chepstow-Lusty passou anos analisando os depósitos orgânicos na lama de um pequeno lago chamado Marcaccocha, que fica localizada entre uma selva e Machu Picchu.

Sua equipe encontrou uma correlação entre as primeiras aparições de colheitas de milho entre 7000 a.C. – o que mostra a primeira vez que o cereal teria sido plantado naquela altitude – e um aumento vertiginoso no número de parasitas que se alimentam de excrementos animais.

Os pesquisadores concluíram que a transição ampla à agricultura só foi possível com um ingrediente extra: fertilizantes orgânicos usados em grande escala.

Em outras palavras, muitos dejetos de lhamas.

Legado

As lhamas eram e ainda são comumente usadas nos Andes peruanos para carregar  produtos e prover carne e lã.

O lago Marcaccocha se localiza próximo a uma antiga rota de comércio, e lhamas que transportavam bens entre a selva e as montanhas costumavam parar ali para beber água e “fazer suas necessidades”.

“Isso proveu fertilizantes, facilmente coletados – como ocorre hoje – pela população local para as plantações ao redor”, afirma Chepstow-Lusty.

À medida que os incas adotaram o milho – rico em calorias - em sua alimentação, sua sociedade se desenvolveu na região de Cuzco.

Cerca de 1,8 mil anos desde o início da transição para a agricultura, uma onda prolongada de clima cálido permitiu que os incas realmente prosperassem e construíssem grandes assentamentos de pedra, como Machu Picchu e Ollaytaytambo.

Faz muito tempo que a civilização acabou, destruída por conquistadores espanhóis nos anos 1500. Mas seus descendentes, os quéchuas, ainda usam os dejetos de lhama como fertilizantes e como combustível para aquecimento.

“O vale está repleto de indígenas que seguem esse estilo de vida de 2 mil anos”, relata Chepstow-Lusty.

Quando os convidados chegarem a Machu Picchu para celebrar os cem anos desde que o explorador Hiram Bingham mostrou ao mundo a existência do local, talvez eles possam agradecer à humilde lhama ao vislumbrar as construções.

domingo, 22 de maio de 2011

Tigre de pelúcia mobiliza polícia britânica

Da BBC Brasil

Um helicóptero equipado com câmera térmica, especialistas em animais e vários policiais foram envolvidos em uma operação para capturar um tigre na Grã-Bretanha no sábado, mas acabaram descobrindo que o animal era de pelúcia.

O alarme provocado perto da cidade de Southampton por causa do tigre de brinquedo em tamanho real levou à interrupção de um jogo de críquete no estádio Rose Bowl e por pouco não suspendeu o tráfego de uma importante rodovia britânica. 

O misterioso tigre branco teria sido visto inicialmente por um morador em um gramado nas proximidades de Hedge End.

De acordo com a polícia regional de Hampshire, uma equipe foi enviada ao local, perto de uma saída da rodovia M27, que teria confirmado "estar olhando para um tigre".

Por volta das 16h de sábado (meio dia, em Brasília), a operação policial já estava montada.

Foram traçados planos de fechamento da M27, especialistas do zoológico Marwell, que fica nas imediações da cidade, convocados para trazerem dardos tranquilizantes e jogadores de golfe convidados a se trancar na sede do clube.

No Rose Bowl, o jogo entre South Wiltshire e Hampshire Academy foi suspenso durante 20 minutos.

"Após breve espreita na savana de Hedge End, o oficial percebeu que o tigre não estava se movendo e as câmeras do apoio aéreo perceberam que não existia uma fonte de calor", disse a polícia.

"Aí o tigre rolou por causa da corrente de vento provocada pelo helicóptero e foi então que ficou óbvio que era um brinquedo de pelúcia em tamanho real."

Bem humorada, a polícia de Hampshire afirmou ainda que o incidente será "o destaque do dia", uma vez que as imagens de um circuito fechado de vídeo "nos convenceu a todos de que estávamos diante de um tigre de verdade."

O comunicado diz ainda que é pouco frequente que incidentes alegrem o dia da equipe, mas "isso só mostra a diversidade de incidentes que somos chamados para enfrentar."

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Homem tenta embarcar com pônei em trem britânico

Da BBC Brasil

O homem tentou entrar no trem na estação de Wrexham, no norte do País de Gales, no final da tarde de sábado.

Após o condutor impedir sua entrada no vagão, ele voltou ao guichê e tentou comprar dois bilhetes, um para ele e outro para o animal.

Ele e o animal então deixaram a estação.

Hospital

Mais tarde no sábado, o homem levou o cavalo ao hospital Maelor, de Wrexham, onde pediu para que o animal recebesse tratamento de um médico.

"Ele foi gentilmente requisitado a deixar o local e assim o fez, também educadamente", disse um funcionário do hospital.

Cães são os únicos animais que podem viajar em trens britânicos fora de gaiolas especiais para transporte de bichos.

Os outros bichos podem ser transportados em gaiolas, desde que as dimensões destas não excedam 85 x 60 x 60 cm.

Animais de grande porte como pôneis ou cavalos são proibidos por serem vistos como ameaça à segurança dos passageiros.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Engenheiros inventam tenda que vira concreto quando regada

Da BBC Brasil

Dois engenheiros britânicos inventaram uma tenda que, ao ser regada com água, se transforma em um abrigo de concreto.

Tenda de concreto fica pronta 24 horas

A invenção de Peter Brewin e Will Crawford ganhou diversos prêmios e já está sendo usada em países em desenvolvimento, como na Etiópia.

A tenda produzida pelos engenheiros é inflável. Do lado de dentro, há um Tenda de concretorevestimento de plástico, e por fora ela é feita com o tecido especial, que contém concreto.

Uma vez inflada, a tenda é presa ao chão com pregos de metal. Em seguida, ela é regada com água, que não precisa necessariamente ser potável ou doce.

Em 24 horas, o tecido de concreto endurece e a tenda está pronta para ser usada.

Os engenheiros estimam que com uma hora de trabalho duas pessoas conseguem erguer uma tenda que ocupa 54 metros quadrados.

Com em prédios normais, a tenda pode ser perfurada e receber fiação, tomadas e luzes no teto. Eles dizem que as tendas são alternativas viáveis para campos de refugiados, já que os abrigos podem durar décadas, são a prova de fogo, podem ser fechados com portas e não atingem grandes temperaturas sob o sol.

Custo

Atualmente o maior problema da invenção é o seu alto custo. Cada tenda custa US$ 16 mil (mais de R$ 25 mil).

Brewin admite que o preço é alto, sobretudo para entidades que trabalham em países pobres e possuem recursos limitados. O engenheiro diz que o problema do custo pode ser resolvido se houver maior demanda no futuro.

"Se nós estivéssemos produzindo em escala, nós poderíamos cortar substancialmente uma parte do custo. Mas para atrair esse tipo de pedidos, nós teríamos que já ter um preço mais barato agora", diz Brewin.

"Se você a compara com uma tenda comum, ela é mais cara e mais pesada. Se você a compara a um prédio permanente, ela é mais leve e mais rápida [de ser construída]."

A novidade já foi testada na Etiópia, para auxiliar em projetos de agricultura. Os engenheiros estão atualmente trabalhando com entidades no Japão, para ajudar no processo de reconstrução das áreas atingidas pelo tsunami em março deste ano.

domingo, 15 de maio de 2011

Doenças não transmissíveis são responsáveis por dois terços das mortes no mundo

Da Agência Brasil

Doenças não transmissíveis como o acidente vascular cerebral (AVC), conhecido como derrame, os problemas cardíacos, o diabetes e o câncer são responsáveis por dois terços das mortes que ocorrem mundialmente todos os anos.

A conclusão está no estudo denominado Estatísticas de Saúde Mundiais 2011, divulgado hoje (13), em Genebra, na Suíça, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Porém, os especialistas advertem que, além das doenças crônicas e contagiosas, há também fatores de risco que contribuem para aumentar o número de mortes no mundo.

Os fatores de risco citados são o tabagismo, o sedentarismo, a má alimentação e o uso de abusivo de álcool. De acordo com os dados, quatro em cada dez homens e uma em cada 11 mulheres fumam. E um adulto em cada oito é obeso.

Os especialistas também se preocupam com as mortes das mães durante a gravidez ou em decorrência do parto. Os últimos dados mostram que houve uma redução significativa. A mortalidade materna diminuiu em 3,3% por ano, desde 2000. O número de mulheres que morrem em consequência de complicações durante a gravidez e do parto diminuiu de 546 mil em 1990 para 358 mil em 2008.

"[O estudo por meio dos dados] mostra que não há país do mundo que possa tratar a saúde sob qualquer perspectiva apenas sob o prisma de uma doença infecciosa ou de uma doença não transmissível. Cada país deve desenvolver um sistema de saúde que atenda a toda a gama de ameaças", disse o diretor do Departamento de Estatísticas de Saúde e Informática da OMS, Ties Boerma.

O estudo Estatísticas de Saúde Mundiais é um relatório anual, elaborado com base em mais de 100 indicadores de saúde transmitidos à OMS pelos representantes dos 193 países que integram o órgão. O objetivo é preparar uma análise global a partir de situações específicas e buscar, com o apoio das agências vinculadas às Nações Unidas e os demais parceiros, a melhoria dos sistemas de saúde.

sábado, 14 de maio de 2011

Insetos ajudam policial a localizar origem de maconha apreendida

Do Diário de Pernambuco

Uma pesquisa desenvolvida na Universidade de Brasília (UnB) aponta novos caminhos de investigação para descobrir a origem das drogas ilícitas consumidas no país. A partir da identificação de insetos presentes em uma amostra de maconha apreendida no Distrito Federal (DF), o biólogo e agente da Polícia Civil do DF Marcos Patrício Macedo conseguiu descobrir que a droga tinha sido produzida em Mato Grosso e no Paraguai. Segundo ele, é a primeira vez que essa metodologia é utilizada no país.

O trabalho de Macedo levou cerca de dois anos para ser concluído. A primeira etapa foi a manipulação do material apreendido para encontrar fragmentos de insetos que pudessem servir de pista para localizar a origem da droga. Macedo descobriu pedaços de formigas, besouros e marias-fedidas. Depois, procurou entomologistas (que estudam insetos) especializados em cada uma dessas espécies para identificar o habitat.

Uma das principais dificuldades, segundo o pesquisador, foi conseguir a liberação da droga para o estudo. “A gente pegou a maconha, fruto de apreensões que já estavam sob a guarda do Poder Judiciário. Fui muito bem recebido no Tribunal de Justiça do DF [TJDF], mas tive problemas para conseguir amostras em outros estados. Por isso, limitamos a pesquisa ao DF. É um tópico muito delicado, porque envolve muita responsabilidade, há um receio de que a amostra possa desparecer”, explicou ele.

Para o pesquisador, a descoberta pode ser mais uma ferramenta de investigação, além dos métodos já existente para o combate ao tráfico de drogas no país. “Ainda é uma pesquisa inicial, mas poderíamos analisar qual é a fonte de abastecimento de determinados centros urbanos. É uma alternativa interessante, toda metodologia nova tem um valor, principalmente quando a polícia se depara com um caso muito complicado. Quanto mais possibilidades, melhor”, afirmou.

A metodologia usada na pesquisa só poderia ser replicada em drogas não sintéticas e pouco processadas. “A maconha é fumada quase sem processamento nenhum, por isso ela vem com uma quantidade grande de insetos porque, nesse meio, não é comum o uso de agrotóxicos”, explicou o acadêmico. A pesquisa foi desenvolvida como dissertação do mestrado de Macedo na UnB, que pretende continuar estudando o assunto no nível de doutorado.

O uso de insetos para levantar provas de crimes já é um procedimento de investigação adotado em muitos países do mundo e aceito pela Justiça por causa da confiabilidade científica. Há, inclusive, um ramo de estudo específico, a entomologia forense. Com a análise de larvas encontradas em cadáveres em estado de decomposição é possível, por exemplo, determinar quando o crime foi cometido.

Da Agência Brasil

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Café pode proteger mulheres de forma agressiva de câncer de mama

Do: Estadão

O café pode proteger as mulheres de uma forma agressiva de câncer de mama, especialmente se tomadas cinco ou mais xícaras ao dia, de acordo com pesquisa que aparece nesta quarta-feira na publicação Breast Cancer Research.

Alex Silva/AE
As mulheres que bebem bastante café têm possibilidades menores de desenvolver o chamado câncer de mama com receptores de estrogênios negativos, que não respondem a certos fármacos, por isso que a quimioterapia é geralmente a única opção.
Por este estudo, feito por analistas do Instituto Karolinska de Estocolmo, as mulheres que tomam muito café têm possibilidades menores de desenvolver o câncer do que aquelas que bebem pouco.
Os investigadores analisaram os casos de 6 mil mulheres que entraram na menopausa.
Assim, entre as que bebiam cinco xícaras ou mais de café ao dia o risco de desenvolver o câncer de mama se reduzia em 57% comparado com as que tomavam menos de uma xícara cheia.
"Acreditamos que o alto consumo diário de café está associado à significativa redução de câncer de mama com receptores de estrogênios negativos entre as mulheres que entraram na menopausa", assinalam os analistas na citada publicação.
Outros estudos sugeriram que o café reduz o risco de outros cânceres, incluído o de próstata e o de fígado. Os pesquisadores do instituto acreditam que o café pode ter compostos que afetam diferentes tipos de câncer de mama.
Para a diretora de política da organização Breakthrough Breast Cancer, Caitlin Palframan, "o interessante é que esta investigação sugere que o café pode reduzir o risco de câncer de mama (de estrogênios) negativo".
"Mas nem todos os estudos estão de acordo sobre os efeitos de consumir café e, portanto, não encorajaríamos as mulheres a aumentar o consumo de café para protegê-las do câncer de mama".
"O que sabemos é que as mulheres podem reduzir as possibilidades de desenvolver câncer de mama se mantêm bom peso, reduzem o consumo de álcool e fazem atividade física regularmente", acrescentou Palframan.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Código Florestal deve ser votado com alterações propostas pelo governo

Do: Pernambuco.com

A proposta do novo Código Florestal chega ao plenário nesta quarta-feira com uma mudança no relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) que vai abrir brecha para que o governo interfira nas regras sobre cultivo em áreas de preservação permanente (APPs) por meio de decreto presidencial. O acordo costurado em reuniões durante toda essa terça-feira prevê uma lista de exceções às regras impostas na lei que, na prática, vão permitir que o Executivo autorize o plantio de produtos estranhos ao texto original e crie novos padrões para definir os tamanhos dessas áreas. “Esse detalhe da possibilidade de permitir a edição do decreto permite chegarmos mais perto de um consenso”, resume o relator.

Apesar do acerto sobre áreas consolidadas em APPs, a proposta da nova legislação ambiental vai à votação sem acordo sobre a exigência de reserva legal em propriedades com menos de quatro módulos fiscais. A questão deve ser decidida no voto. O tema é tão controverso que até lideranças envolvidas nas negociações desafinaram o discurso. Para o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), a posição da Casa Civil continuava sendo a de dispensar a reserva apenas para a agricultura familiar e para cooperativas agrícolas. Já o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), afirmou que o governo concordou com a proposta do relator, de isentar de recomposição da reserva legal todas as propriedades de até quatro módulos. O que muda, segundo o presidente, é a definição de reserva nas grandes propriedades. A exclusão de quatro módulos desse cálculo, como quer Aldo, não seria mais permitida.

Quanto à brecha negociada nessa terça para permitir que o governo edite novas regras para as APPs, o novo texto vai deixar que casos de interesse público e social definam novas autorizações para o cultivo de produtos. O ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, chamou até a oposição para conversar sobre o novo texto. Apesar de oficialmente o líder do DEM, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), ter dito que não era simpático à idéia, ninguém deve apresentar resistência para não atrapalhar mais uma vez a votação. “A gente quer ler o texto do relator para saber como vai tratar essa brecha. Em princípio, dar esse poder ao governo não nos agrada. Mas tudo vai depender da forma como será redigido”, diz o líder.
Divergências
O texto que será votado nesta quarta envolveu longas negociações e grandes divergências durante essa terça, quando comandantes do governo não pouparam tempo e esforço em dezenas de conversas e reuniões sobre o assunto. Entre lanches, cafezinhos e almoços de ministros com políticos, houve pouca disposição de ambos os lados cederem, apesar da retórica sobre a necessidade de consenso. Apesar dos impasses, a matéria entrou na pauta desta quarta porque governistas e oposicionistas concordaram em votar o Código Florestal antes da Medida Provisória nº 521/2010, que facilita as licitações para as obras da Copa. Como a MP interessa – e muito – ao governo, impor sua votação somente depois da nova legislação ambiental ter sido apreciada é uma forma de forçar o Executivo a não criar entraves à polêmica proposta.
A preocupação com as resistências governistas tem razão de ser. Apesar de ter conseguido apoio para abertura das brechas nas APPs, o bom humor de Aldo Rebelo ao longo de todo o dia na Câmara demonstrava a desvantagem do governo na queda de braço com o relator. Amparado pela expressiva bancada ruralista, Aldo se recusou a alterar significativamente o relatório que vai à votação em plenário. Às 18h, o deputado chegou a seu gabinete para esperar um retorno da Casa Civil sobre os possíveis recuos do governo. Ele disse que havia “100%” de condições de votação e que pretendia concluir o relatório ainda na noite dessa terça-feira, o que permitiria a apreciação em plenário. Quinze minutos depois, quatro deputados que lideram a bancada ruralista compareceram ao gabinete de Aldo: Luiz Carlos Heinze (PP-RS), Paulo Piau (PMDB-MG), Homero Pereira (PR-MT) e Valdir Colatto (PMDB-SC). Lá permaneceram por quase meia hora. Logo depois, o relator desistiu de redigir as mudanças imediatamente e foi para a reunião de líderes de mãos vazias. “Estamos negociando. Mas há coisas em que é impossível fazer acordos. A Casa Civil, por exemplo, sugeriu outras mudanças como o agravamento de punições a desmatadores e a ampliação de sanções. Mas não vou mudar. Se alguém quiser mudar o que proponho, que apresente emendas. Qualquer um pode fazer isso”, disse o relator.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Demora no atendimento da rede pública contribui para que mulher com câncer de mama desista do tratamento

Da: Agência Brasil

Se diagnosticado logo no início e tratado em seguida, o câncer de mama tem grandes chances de cura, podendo ser curável em 95% dos casos. No entanto, depois dos primeiros testes, parte das brasileiras não volta para fazer exames mais específicos ou mesmo iniciar o tratamento. Para organizações em defesa da saúde da mulher, um dos motivos da desistência é a demora em conseguir atendimento na rede pública.

“Você imagina uma mulher que trabalha e tem filhos. Tem que fazer toda uma logística para conseguir ir ao posto de saúde. E aí, o médico não foi, o aparelho está quebrado e passa o tempo. Isso é inadmissível”, reclama Maira Caleffi, presidente da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama, que participou hoje (10) de audiência pública no Senado sobre a situação do câncer de mama no país.

Para Maira Caleffi, o prazo ideal para começar o tratamento é 30 dias após a descoberta da doença. Mas, segundo ela, grande parte das mulheres espera, em média, seis meses. A federação calcula que 30 mulheres morrem por dia no Brasil por causa do câncer de mama. Quase metade dos casos (45,3%) é diagnosticada em estágio avançado.

O Ministério da Saúde reconhece que mais da metade dos mamógrafos usados no Sistema Único de Saúde (SUS) funcionam abaixo da capacidade prevista. No mês passado, o órgão designou uma equipe que vai avaliar porque os equipamentos estão com baixa produtividade. No total, o sistema dispõe de 1.645 aparelhos, número suficiente para atender à demanda, segundo o governo federal.

Na audiência pública, a coordenadora de Média e Alta Complexidade do ministério, Maria Inez Gadelha, disse que a pasta pretende ampliar a oferta de biópsias, quimioterapia e radioterapia, serviços que estão aquém da demanda.

Para Ronaldo Ferreira, oncologista do Instituto Nacional do Câncer (Inca), a desistência das mulheres pode estar relacionada também ao medo de enfrentar a doença e o próprio tratamento, como uma cirurgia. “É também o medo de saber que tem câncer”, afirmou, na audiência.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Asteróide passará próximo à Terra

Um grande asteroide vai passar "raspando" pela Terra em novembro deste ano, informou a Nasa, a agência espacial americana.
Embora o asteroide 2005 YU55 tenha sido classificado como um objeto potencialmente perigoso, os especialistas dizem que não há riscos de que ele colida com a Terra nos próximos cem anos.
Esta é a primeira vez que cientistas preveem a passagem tão próxima à Terra de um objeto desse tamanho.
A Nasa informou que um evento como esse não deve se repetir até 2028, quando o asteroide (153814) 2001 WN5 deve passar a uma distância ainda menor do nosso planeta.
Identificado em 2005 pelo astrônomo Robert McMilan, do Spacewatch Program, em Tucson, no Estado do Arizona (EUA), o asteroide 2005 YU55 vai passar a uma distância de 323 mil km da Terra.
Observação
Com cerca de 400 metros de diâmetro, ele poderá ser visto por meio de telescópios relativamente pequenos. O melhor momento para tentar observá-lo, segundo a Nasa, será na noite de 8 de novembro, depois das 21h na zona do Atlântico leste e oeste africano. Mas não será fácil acompanhar sua trajetória, já que o asteroide estará se movendo em alta velocidade.
Segundo descrições, trata-se de um objeto muito escuro, de forma esférica.
Os astrônomos pretendem aproveitar a oportunidade para estudar a rotação do asteroide e determinar a aspereza de sua superfície e sua composição mineral.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Menino de 5 anos paga tratamento de câncer vendendo desenhos na internet

Um menino americano de 5 anos conseguiu pagar o próprio tratamento de câncer vendendo 3 mil desenhos de monstros, palhaços e alienígenas na internet, muitos deles feitos na cama do hospital.

Aidan Reed, que vive em Kansas City, nos Estados Unidos, foi diagnosticado com leucemia em setembro do ano passado.
Os pai dele, Katie e Wiley, tiveram de ver o filho enfrentar semanas de sofrimento com o tratamento de quimioterapia e outros procedimentos dolorosos, mas tinham esperanças, já que os médicos haviam dito que o tipo de câncer de Aidan tem uma taxa de cura de 90%.
Só que com as contas de hospital se acumulando, os Reed tiveram de colocar a casa da família à venda. Foi aí que surgiu a ideia de transformar um hobby de Aidan em fonte de recursos.
"Eu gosto de desenhar cavaleiros, bobos da corte, palhaços assustadores e alienígenas", disse Aidan ao Survivors Club, uma organização que ajuda pessoas que enfrentam adversidade.
"Eu também gosto de me vestir de palhaços bons e palhaços malvados. Eu posso ser um lobo ou um zumbi..."
Sucesso
Durante o tratamento, Aidan gostava de desenhar monstros. Estes desenhos foram colocados à venda na internet pela tia do menino, Mandi Ostein.
"Meu número de sorte é 60, então eu decidi que iria vender 60 desenhos", disse Ostein.
Mas o sucesso foi tanto que a tia de Aidan acabou transformando sua casa em um centro de impressão e envio de desenhos. Muitos deles eram "assinados" pelo artista.
Pedidos chegaram de vários países do mundo, inclusive do Brasil.
"Eu fiquei chocado com a reação aos desenhos de Aidan. Acho que para ele também tem sido uma boa distração da doença", disse o pai de Aidan, Wiley Reed.
No fim, foram vendidos cerca de 3 mil desenhos, arrecadando mais de US$ 30 mil ( R$ 47 mil), o suficiente para cobrir todos os gastos com o tratamento e cancelar a venda da casa da família.
"É absolutamente inacreditável. Nós somos moradores de uma cidadezinha do Meio Oeste americano. Este tipo de coisa não acontece com a gente", disse Ostein.